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Vale da Rosa em apuros: dívida de 17 milhões ameaça futuro do gigante das uvas sem grainha

O Grupo Vale da Rosa, referência na produção de uvas sem grainha em Portugal, enfrenta uma crise financeira e tem até abril para apresentar um plano de recuperação aos credores. A saída dos supermercados Pingo Doce e Lidl foi um golpe duro para a empresa.

O maior produtor nacional de uvas de mesa sem grainha, o Grupo Vale da Rosa, atravessa um dos momentos mais desafiantes da sua história. Com uma dívida bancária que ronda os 17 milhões de euros, a empresa entrou em Processo Especial de Revitalização (PER), um mecanismo judicial que lhe permite negociar um plano de recuperação com os credores e evitar a insolvência. O prazo para definir uma estratégia que convença os bancos e investidores termina em abril.

A empresa de Ferreira do Alentejo tem como principais credores Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander, Novo Banco, BBVA e BPI, sendo este último o maior credor. Mas os problemas financeiros da companhia não se limitam à banca. A lista de credores inclui ainda fornecedores de bens e serviços, empresas de leasing, cooperativas, a Autoridade Tributária e o Instituto da Segurança Social.

Quebra de contratos ditou crise

A crise da Vale da Rosa intensificou-se quando, em 2024, o grupo Jerónimo Martins (dono do Pingo Doce) e o Lidl deixaram de comprar as suas uvas, após 25 anos de parceria. A perda destes clientes representou um corte de cerca de 50% nas vendas, um impacto avassalador para a empresa, que era vista como um modelo agrícola e empresarial e cujas uvas já foram apelidadas de “as melhores do mundo”.

Segundo declarações do administrador judicial Jorge Calvete ao Expresso, há dezenas de investidores interessados na empresa, nomeadamente fundos internacionais e grupos do setor alimentar já instalados em Portugal.

Apesar da situação delicada, fontes da empresa garantem que a administração está focada em encontrar novos mercados internacionais para garantir a continuidade do negócio. As negociações com os credores começaram oficialmente em fevereiro e vão determinar o futuro da Vale da Rosa nos próximos meses.

Segundo a SIC diz ter tentado contactar o administrador judicial e o proprietário da empresa, mas ambos optaram por não prestar declarações.


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37 Comentários

  1. Má gestão..!!! Ainda vai sobrar para os Tugas pagarem

  2. Se nem com indianos e nepaleses conseguiu ,chama o António.

  3. Como é possível haver empresas em funcionamento com dívidas de valores destes e até mais pergunto eu?!!

  4. Dividas!? Fod#$® com dividas fico eu se comprar 1 kilo de uvas. Nem a roubar!!!!! Lá vai o Punjab da peroguarda e o califado de Alfundão entrar em jhiad

  5. E são bem caras , tem que fazer grande receita

  6. Os administradores a encherem o c* e agora têm dívidas. Num país a sério, iam buscar os bens a esses artistas e respetivas famílias.

  7. Ai jasus mais uma insolência e uns bolsos cheios nao os que tratam das vinhas

  8. Como assim?????
    Se vendem meio quilo de uvas a 2,50€, onde foi parar o dinheiro???????
    Á, já sei……..foi para os ordenados dos COs da treta!

    1. Joaquim Santos 2,50€ onde compras a esse preço o ano passado as que vi em vários sítios eram bem mais caras…uma grande parte da vinha já foi arrancada

    2. Joaquim Santos era mais 4,99 ou 5,25 euros cada embalagem com meio quilo

      1. Antonio Jorge não sei, eu gamava-as no Lidl!🤣

    3. Joaquim Santos 2, 5 euros 💶 foi há uma década ! Mais caras que as importadas do Peru e Chile e são daqui de Ferreira do Alentejo , não entendo

  9. Deixem-se de inovações e produzam uvas de castas nacionais, Afonso, moscatel, cardinal, diagalos, piriquita, dona-maria e outras tantas muito boas.

  10. Se as uvas tivessem grainha, podia propor pagar a dívida com grainhas.

  11. Paulo Lobato pois é. Quando os lucros são desviados. Esta empresa ganhou o que quis e lhe apeteceu… recebeu fundos europeus a torto e direito, que são dos contribuintes, como muitas outras empresas. É o que temos.

    1. Fernando Santos ao que parece o problema foi o pinho doce e o lidl terem cancelado o contrato de fornecimento. Produto por escoar.

      1. João Soares não acredito que o problema foi só esse.

      2. João Soares isso não sei. O que sei é que escandalosamente abusavam do preço. Em Espanha e França, com os ordenados que têm a uva é mais barata.

      3. Fernando Santos também comprei quando encontrava. Eram caras mas eram boas. Deixei de comprar quando comecei a pensar se não seria produto geneticamente modificado.Afinal o fruto serve para desenvolver as sementes para que a planta se reproduza. O mesmo apliquei à melancia sem sementes. É anti natural.

      4. João Soares curioso. Sempre pensei o mesmo quando querem alterar o que a natureza nos dá.

  12. Verdade ou mentira que um Grupo Espanhol já manifestou intenção de comprar s empresa?

  13. Em Portugal ter uma empresa e um suicídio. Os impostos são altíssimos, taxas, etc.

    1. Paulo Lobato neste caso foi o Continente e o Lidl que deixaram de ser clientes. Suicídio é trabalhar apenas para as grandes superfícies.

    2. Paulo Lobato verdade amigo cada vez há mais gatunos os nossos governantes

    3. Paulo Lobato E o Pingo Doce que paga os seus impostos na Holanda são uns gajos porreiros, não é? Santa paciência.

    4. Nos comentários assistimos a cada anormalidade que até brada. O motivo invocado foi o da quebra de contrato com o Pingo Doce. Aqui houve um erro de gestão ao confiar a maior parte da distribuição a um único distribuidor, isso não se faz. Para mais o Pingo Doce é um caso de roubo ao Estado português, paga os seus impostos aos holandeses e não merecem consideração, apesar disso andam sempre a dar lições de moral. Conheci a exploração. É algo de digno e incomum. Não sei se houve/há outro problemas, mas é uma empresa que deveria continuar. Acho muito giro comentários sobre que deveriam mudar para outras castas. É preciso não perceber nada de agricultura. Castas como a piriquita, por exemplo, são castas de vinho. Outros criticam a produção de uvas sem grainha, isso é natural, não resultado de alterações genéticas, há uvas que ou dão pouca grainha ou não dão nenhuma. E o consumidor gosta sem grainha porque tem preguiça de cuspir as mesmas. Se se vende melhor é mais caro…

    5. Paulo Lobato a venderem o uvas como pepitas de ouro corre mal sim.

  14. Mais um caso óbvio de má gestão que os espanhóis vão absorver.

  15. Nem a vender uvas ao preço de ourivesaria. Fdp.