Utentes do Barreiro marcham por direito à saúde no meio da crise no SNS

A situação da saúde em Portugal tem se deteriorado a cada dia que passa. Projetos-piloto que não resolvem os problemas, mas sim os agravam, são uma constante. Os utentes clamam por cuidados de saúde primários e de proximidade, acesso a consultas de urgência e acompanhamento sem a necessidade de recorrer a triagens telefónicas ou teleconsultas.

Os problemas do SNS são evidentes: falta de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, que aguardam por valorização e melhores condições de trabalho. Os equipamentos e infraestruturas necessitam de reformas urgentes. Uma parcela significativa do orçamento da saúde é destinada ao setor privado, enquanto serviços são desmantelados e equipes são desfalcadas.

Como se não bastassem os problemas existentes, nos últimos dias, a população foi confrontada com a notícia do possível encerramento da maternidade do Hospital do Barreiro. Os utentes são os maiores prejudicados por políticas que os impedem de acessar um direito constitucional fundamental: a saúde.

Diante deste cenário alarmante, a população do Barreiro decidiu agir. No dia 22 de fevereiro, às 10h, uma marcha partirá da Estação da Baixa da Banheira em direção ao Hospital do Barreiro. O objetivo é claro: lutar pelo direito à saúde.

Todas as comissões de utentes e organizações representativas estão convidadas a participar desta manifestação. A união de forças é fundamental para garantir que a voz dos utentes seja ouvida e que medidas urgentes sejam tomadas para solucionar a crise no SNS.

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