Seixal

Um mergulho de 266 mil euros no Splash Seixal

Anunciado como ‘pura diversão’ o parque aquático Splash Seixal está de volta ao parque de estacionamento do cais fluvial da Transtejo, entre 27 de Julho e 4 de Setembro.

No entanto, o valor pago em ajustes directos pela autarquia do Seixal à Cofina Média, pela «aquisição de serviços, sem exclusividade, do direito de uso temporário da marca ‘Splash Seixal’, respetiva ativação e execução plano de promoção e publicidade, assim como a organização do evento e instalação dos equipamentos, estruturas e serviços associados ao mesmo’, causou indignação aos autarcas do PS, que a demonstraram durante a reunião do executivo que teve lugar na tarde desta quarta-feira.

Conforme informação no site do Base.gov, a Câmara Municipal do Seixal irá pagar um total de 244 mil euros por um contrato de 60 dias à Cofina Média, a que acresce mais 16 mil euros à empresa PQSPORT Eventos, Unipessoal, Lda, pelo fornecimento e instalação de relvite verde e relva alta.

A vereadora socialista Elisabete Adrião levantou o assunto, e questionou o motivo pelo qual “este ano o preço contratual passou a ser mais do dobro, em relação ao que a autarquia pagou em 2021, no valor de 142 mil euros, também para a ‘aquisição sem exclusividade da marca Splash Seixal.

São valores obscenos, grotescos, e que servem para pagar mais umas páginas de publicidade no Correio da Manhã, jornal que tem vindo a ser sobeja e indevidamente utilizado pelo executivo comunista para a sua auto-promoção.”

Elisabete Adrião frisou ainda que “o PS quer alertar para a utilização abusiva e indevida de dinheiros públicos, quando estas verbas deviam servir para dar solução a outros problemas.

Se o PS não conhecesse o Orçamento da Câmara Municipal, diria que estamos perante uma câmara rica.”

O presidente Joaquim Santos justificou o investimento “nestas iniciativas para atrair visitantes e dinamizar a actividade económica do concelho. Mas também para proporcionar às nossas crianças, que não têm condições financeiras para irem para praias do Algarve, alguns momentos de diversão, uma vez que uma parte do investimento é traduzido em bilhetes para centros de férias desportivas do concelho, onde estão crianças e jovens que aqui residem.

Não se trata de uma iniciativa da Câmara Municipal, é do Correio da Manhã, que podia fazer em qualquer outro local, mas escolheu o Seixal e uma Câmara Municipal que está disponível para trabalhar com as empresas no sentido de trazer à sua população estes atractivos.”

Sobre o aumento do valor, Joaquim Santos explicou que “em 2021 não tivemos parque aquático, mas sim o ‘Verão no Parque’, também promovido pela Cofina, e num formato reduzido.

Perante o sucesso de ambas as iniciativas, estamos a ponderar para o próximo ano realizar as duas, com eventos durante todo o dia no Parque Urbano do Seixal e o Splash Seixal junto da zona ribeirinha.”

Estádio Municipal do Bravo e sede do Seixal 1929

Entre os assuntos debatidos na reunião colocou-se a falta de efectivos de segurança no concelho, os valores pagos pela marca Splash Seixal à Cofina, e a situação do Estádio Municipal do Bravo, gerido pelo Clube Seixal 1925 “mas que continua sem balneários e sem Plano de Segurança”, referiu a vereadora Cláudia Oliveira (PSD), tema também abordado pelo vereador Miguel Feio (PS).

O presidente frisou que “o estádio está a ser muito bem gerido pelo clube, depois de ter sido recuperado pela autarquia. Existem alguns problemas que estão a ser equacionados, como o relvado que tem de ser intervencionado em Agosto, entre outras intervenções.

Mas o orçamento da Câmara Municipal não tem a elasticidade que seria desejável e não tem a capacidade para tudo, tivéssemos nós mais apoio ou as verbas devidas pela transferência de competências.”

Outra questão ligada ao Seixal 1925 levantado pela vereadora social-democrata foi a situação actual do espólio histórico, “porque a sede não existe e todo o material está ensacado numa garagem”, ao que Joaquim Santos respondeu que “a sede existe, no entanto, a pessoa que colocou o Clube em situação de bancarrota é também o principal credor que quer comprar a sede para projectos imobiliários, e espero que o PSD não seja conivente com essa situação”.

Em defesa da honra, Cláudia Oliveira afirmou que “perante uma pergunta, o senhor presidente conseguiu ser insultuoso e fazer insinuações acerca do PSD. Mas fugiu à questão e não respondeu e eu gostaria de uma resposta efectiva”.

O presidente garantiu que “não é nada contra si. Percebo que o recado lhe foi transmitido, e que está bem-intencionada, mas para a Câmara Municipal a sede do Seixal FC é sempre foi, e é para isso que estamos a trabalhar, no sentido de preservar o interesse municipal, e não

deixar que esse individuo leve a sua avante e enriqueça à custa do Seixal FC.”

Acerca do Plano de Segurança do Estádio Municipal, o edil garantiu que “irá ser feito”, mas não deixou de criticar que “no caso do Seixal, há sempre alguma coisa que falta. Vemos por aí certos estádios onde, como pais de crianças que praticam desportos, temos receio pela sua segurança, mas parece sempre estar tudo bem”.


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