Travessia Setúbal-Troia pode entrar no Passe Navegante? Decisão nas mãos do Parlamento

A inclusão da travessia fluvial Setúbal-Troia no tarifário do Passe Navegante foi debatida esta quarta-feira, 5 de fevereiro, na Assembleia da República. Uma delegação da petição pública com mais de 8.000 assinaturas foi recebida pela Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, defendendo que o passe da Área Metropolitana de Lisboa (AML) deve cobrir também este trajeto essencial para os moradores de Setúbal e arredores.

Os representantes partidários do PSD, PS, Chega, PCP, BE e Livre mostraram disponibilidade para estudar a medida, mas divergiram quanto ao tempo de aplicação. Enquanto alguns defendem uma implementação imediata, outros preferem esperar pela renovação do contrato de concessão, prevista para 2027. Os peticionários, contudo, foram claros: a solução não pode esperar.

Por que esta petição importa?

A iniciativa surgiu devido aos preços elevados praticados pela concessionária dos transportes fluviais, tornando inacessível para muitos o acesso às praias de Troia, uma área historicamente frequentada pela população de Setúbal e da Península de Setúbal. Os peticionários argumentam que existe uma desigualdade evidente relativamente a outras zonas da AML, onde o Passe Navegante garante deslocação acessível.

Entre os principais argumentos está a necessidade de corrigir a discriminação financeira sofrida pelos moradores de Setúbal, Alcácer do Sal e Grândola, garantindo o direito ao transporte público justo e acessível.

Agora, o tema segue para discussão em plenário da Assembleia da República, onde se irá perceber quem realmente defende os interesses da população e quem prefere manter a situação atual. Enquanto isso, os promotores da petição prometem continuar a lutar e a pressionar decisores políticos para que a travessia Setúbal-Troia seja finalmente integrada no Passe Navegante.

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