Trabalhadores do parque da Autoeuropa convocam GREVE para exigir reconhecimento do desgaste rápido

Mais de mil trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa, em Palmela, decidiram avançar para a greve, reivindicando melhores condições laborais e o reconhecimento oficial do desgaste rápido na indústria automóvel. A paragem está agendada para o dia em que a Assembleia da República debaterá uma petição com mais de 13 mil assinaturas, entregue pela FIEQUIMETAL, que exige alterações legislativas sobre esta realidade.

A decisão foi tomada em plenários realizados pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul), esta semana, nos quais se discutiram também as reivindicações para 2025. Entre as principais exigências dos trabalhadores, destaca-se o acesso à reforma antecipada para quem tem 55 anos e 20 anos de turnos, sem penalizações, e melhores condições para os profissionais que trabalham em regime de turnos e noturno.

O SITE-Sul sublinha ainda a necessidade de as administrações das empresas assumirem responsabilidades na recolocação dos trabalhadores com doenças profissionais e restrições médicas, garantindo sempre a segurança no emprego. Outro ponto essencial é a exigência de aumentos salariais extraordinários em 2025, para acompanhar a escalada do custo de vida.

A indústria automóvel é uma das mais exigentes a nível físico, com turnos prolongados e tarefas repetitivas resultantes em elevado desgaste físico dos trabalhadores. O reconhecimento oficial desta realidade poderia traduzir-se em benefícios previdenciários, como reformas mais cedo e compensações por condições adversas de trabalho.

A concentração dos trabalhadores junto ao parlamento pretende pressionar os deputados a darem um passo concreto neste reconhecimento, numa luta que tem ganhado força nos últimos anos.

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