Tesouro da Igreja de Sines brilha em exposição no Panteão Nacional
O tesouro da Igreja de Nossa Senhora das Salas, em Sines, composto por 80 peças raras, está em exposição no Panteão Nacional, em Lisboa, como parte das comemorações dos 500 anos da morte de Vasco da Gama.

O Panteão Nacional, em Lisboa, recebe a partir desta quinta-feira uma exposição única composta por 80 peças que integram o valioso tesouro da Igreja de Nossa Senhora das Salas, em Sines. Esta iniciativa surge no âmbito das comemorações do quinto centenário da morte de Vasco da Gama, figura central da história de Portugal.
Devido às obras de restauro na igreja, um templo mandado construir pelo próprio Vasco da Gama em cumprimento de um voto pela sua bem-sucedida viagem à Índia, foi necessário remover todas as obras de arte do local. Segundo a Câmara de Sines, o Panteão Nacional foi escolhido como um local seguro para guardar estas peças e, simultaneamente, permitir que o público continue a admirar este importante espólio.
Entre as peças expostas, destacam-se duas esculturas em pedra, incluindo uma imagem de Nossa Senhora, que teria sido vista por Vasco da Gama durante a sua juventude, e uma de São Bartolomeu, associada ao período em que o navegador regressou da Índia. Também em exibição está uma impressionante coleção de joias dos séculos XVIII e XIX, muitas delas adornadas com pedras preciosas brasileiras, como diamantes, ametistas e granadas, utilizadas para decorar a imagem de Nossa Senhora das Salas durante festividades.
Outro destaque é uma imagem de Santa Catarina, padroeira dos navegadores, adornada com prata e joias, refletindo a ligação histórica entre a fé e as explorações marítimas portuguesas. Além disso, o vestido bordado a prata, datado do século XIX, reforça a riqueza do espólio.
A Igreja de Nossa Senhora das Salas, construída por Vasco da Gama na sua terra natal, Sines, é um marco da história nacional. Após o êxito da viagem à Índia, o navegador mandou erigir este templo como forma de agradecimento. Porém, a construção enfrentou controvérsias, nomeadamente com a Ordem de Santiago, que contestou o destaque dado às armas pessoais de Vasco da Gama na fachada do edifício.
A exposição, que pode ser visitada até 27 de abril, integra o programa oficial das celebrações dos 500 anos da morte de Vasco da Gama, que inclui ainda conferências em Lisboa e Sines. Este programa, promovido pelo Ministério da Cultura, visa destacar o impacto histórico do navegador que abriu caminho às trocas comerciais entre a Europa e a Índia.
A importância de Vasco da Gama na história mundial está assinalada no Panteão Nacional, onde, apesar de não estar sepultado, é homenageado mediante um cenotáfio na sala central, ao lado de outras figuras ilustres da história portuguesa.
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