Tarifas da AMARSUL disparam e municípios exigem intervenção do Estado
As câmaras da região de Setúbal estão em alerta com o aumento exponencial das tarifas da AMARSUL e denunciam ineficiências na gestão da empresa. Em reunião com o Secretário de Estado do Ambiente, exigiram soluções urgentes para o problema.

Os municípios da região de Setúbal lançam um grito de alerta perante o aumento galopante das tarifas da AMARSUL, que desde 2015 passaram de 23,72 euros para 77,04 euros por tonelada de resíduos. A situação é considerada insustentável e tem gerado forte preocupação junto das autarquias e populações.
Na tentativa de travar esta escalada, os presidentes das Câmaras de Setúbal, Seixal e Montijo reuniram-se com o Secretário de Estado do Ambiente para apresentar um estudo que aponta várias ineficiências na gestão da AMARSUL. Segundo os autarcas, essas falhas poderiam ser corrigidas para evitar o aumento das tarifas, que pesam cada vez mais nos orçamentos municipais e nas faturas dos munícipes.
Sem melhoria no serviço e com custos a disparar
Os autarcas denunciam que, apesar do aumento das tarifas, não houve nenhuma melhoria significativa no serviço prestado pela AMARSUL. Pelo contrário, afirmam que a situação tem vindo a degradar-se, sendo muitas vezes os próprios municípios a assumir a limpeza dos ecopontos para evitar um cenário ainda mais caótico. A falta de investimento por parte da empresa, nomeadamente na modernização e monitorização da rede de ecopontos e na recolha porta-a-porta, é uma das principais críticas apontadas.
Outro fator que tem agravado a crise é a Taxa de Gestão de Resíduos, que ultrapassa os 30 euros por tonelada, aplicada como penalização pela deposição de resíduos em aterro. No entanto, os autarcas consideram inaceitável que esta penalização seja integralmente transferida para os municípios e munícipes, enquanto a AMARSUL não tem nenhum incentivo para reduzir o volume de resíduos depositados em aterro.
Aterros sobrecarregados e necessidade de mudança urgente
Um dos exemplos mais alarmantes é o aterro do Seixal, que já se encontra numa situação insustentável. O Presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, defendeu ser urgente investir em soluções que permitam reduzir drasticamente os resíduos encaminhados para aterro, promovendo estratégias mais sustentáveis de gestão de resíduos.
Perante esta realidade, os municípios exigiram ao Estado uma intervenção rápida e eficaz para garantir que a AMARSUL cumpra o contrato de concessão. A verificação da qualidade do serviço prestado e a implementação de uma gestão mais eficiente foram os pontos centrais do encontro.
No final da reunião, o Secretário de Estado do Ambiente reconheceu que o problema não se limita à região de Setúbal e que é necessário um financiamento urgente para resolver a situação.
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Este pais está entre aos bichos, não há regulação, nem fiscalização.
O PCP que vá levar na peida !