Susana Garcia critica Junta de Freguesia de Palmela por local não ter sido limpo após recolha de provas por parte das autoridades
Comentadora da TVI acusa Junta de negligência por não ordenar limpeza de escadaria onde foi encontrado corpo de homem em Venda do Alcaide.

Durante o programa televisivo da TVI conduzido por Cristina Ferreira, a advogada e comentadora Susana Garcia deixou críticas à Junta de Freguesia de Palmela, acusando-a de falta de responsabilidade por não ordenar a limpeza do local onde, na passada quarta-feira, foi encontrado o corpo de um homem, numa zona de passagem pública.
O caso foi abordado no programa dedicado a temas criminais, transmitido em horário nobre, com emissão em direto a partir do local da ocorrência, junto às escadas que ligam o Largo da Estação Ferroviária de Venda do Alcaide ao viaduto da estrada para a Palhota, no concelho de Palmela. Imagens captadas no local mostravam um par de ténis abandonado e uma grande mancha de sangue visível no chão, indícios que, segundo os comentadores do programa, evidenciam o cenário ainda intacto dias após o sucedido.
Já nos estúdios de Queluz de Baixo, Susana Garcia não hesitou em apontar responsabilidades. “Eu não sei que crime é que foi cometeu, vou deixar isto para os investigadores aqui ao lado. O que eu sei é que é inadmissível que a junta de freguesia, tendo ocorrido um acidente desta natureza, estando o sangue todo ali ainda, o crime foi ontem, estamos de manhã, continua lá, com as pessoas a passarem e a pisarem o sangue, quando aquilo já não é um cenário de crime, já foram retiradas as provas. Mas não é quando são chamadas… Estamos às portas das autárquicas”, afirmou, visivelmente indignada.
A comentadora prosseguiu, reforçando que a Junta deveria ter dado indicações para a remoção imediata dos vestígios após as diligências das autoridades: “O que se passou é um desrespeito não só para quem circula naquele espaço diariamente, mas também para a própria vítima.”
As críticas de Susana Garcia foram acompanhadas por outros elementos do painel de comentadores, que classificaram a situação como um reflexo de desorganização e abandono do espaço público, chegando mesmo a afirmar que “isto bateu no fundo” e que Portugal parece, nestes casos, “um país de terceiro mundo”.
A Junta de Freguesia de Palmela ainda não reagiu às declarações feitas em televisão nacional, nem prestou esclarecimentos sobre os motivos pelos quais o local permaneceu sujo e com vestígios de sangue, mesmo após a remoção do corpo e a presença das autoridades.
Este incidente levanta questões sérias sobre a articulação entre as autoridades locais, os meios de socorro e os serviços de limpeza pública em situações sensíveis, onde o respeito pela dignidade da vítima e a segurança dos cidadãos deveriam ser prioridade.
O caso do corpo encontrado continua a ser investigado pelas autoridades competentes, que ainda não divulgaram publicamente as causas da morte, a identidade da vítima ou se há suspeitas de crime.
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