O mundo volta a estar em alerta devido ao metapneumovirus humano (HMPV), uma doença respiratória que apresenta sintomas semelhantes aos de uma gripe comum, mas que causa um aumento significativo de hospitalizações, principalmente no norte da China. Segundo o Independent, hospitais e unidades de cuidados intensivos encontram-se sobrelotados, sendo as crianças menores de quatro anos as mais afetadas.
Embora o vírus seja conhecido desde 2000 e a maioria das pessoas o contraia antes dos 40 anos, o seu ressurgimento em grande escala preocupa a comunidade científica. Casos foram detetados em países como Índia, Malásia e Cazaquistão, enquanto no Reino Unido e nos EUA o número de infeções continua a crescer. Nos Estados Unidos, os relatórios mais recentes apontam para um aumento de casos, passando de 150 para 300 num curto espaço de tempo.
Este surto, que ocorre cerca de cinco anos após o surgimento da pandemia de Covid-19, levanta comparações inevitáveis. O medo de que sinais de alerta possam ser ignorados novamente leva a um acompanhamento mais atento por parte das autoridades de saúde. No entanto, especialistas salientam que o HMPV não tem o mesmo potencial de gravidade ou disseminação que o coronavírus, apresentando uma taxa de mortalidade muito inferior e um período de incubação de três a seis dias.
O HMPV provoca sintomas como tosse, febre, congestão nasal e fadiga. Embora a maioria dos casos seja ligeira, o vírus pode causar complicações respiratórias graves, incluindo pneumonia, principalmente em populações vulneráveis. Atualmente, não existe vacina ou tratamento antiviral específico, aumentando os desafios no combate à propagação da doença.
Simon Williams, investigador em saúde pública, aponta que a origem do surto na China desperta receios generalizados, especialmente devido às memórias ainda frescas da Covid-19. Apesar disso, especialistas afirmam que a gripe aviária nos EUA representa um risco mais significativo do que o HMPV agora.
As autoridades internacionais apelam à transparência da China sobre os dados relacionados com o surto, enquanto nas redes sociais proliferam desinformações e especulações. Pequim, por sua vez, classifica o aumento de casos como uma ocorrência sazonal habitual no inverno.
Com a memória da pandemia de Covid-19 ainda viva, a comunidade global está mais alerta e determinada a não subestimar potenciais ameaças. Apesar disso, especialistas reforçam que, até agora, o HMPV não demonstra ser uma ameaça de escala pandémica.
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