Sondagem dá liderança a Luís Marques Mendes nas presidenciais e André Ventura passa Gouveia e Melo

Sondagem coloca Marques Mendes na liderança da corrida às presidenciais

Luís Marques Mendes assume a dianteira nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026, de acordo com o mais recente barómetro da Intercampus, através de uma sondagem, para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV. O antigo líder do PSD recolhe 16,6 % das preferências, ultrapassando Henrique Gouveia e Melo, que cai para 15,4 %, e André Ventura, que sobe para 15,8 %.

Os três candidatos encontram-se tecnicamente empatados, dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais. No entanto, este resultado marca a primeira vez que Gouveia e Melo deixa a liderança das sondagens.

Quebra de Gouveia e Melo e recuperação de Ventura

O estudo revela uma descida expressiva de Gouveia e Melo, que perde cerca de cinco pontos em relação a julho, quando liderava com 20,6 %. O ex-chefe do Estado-Maior da Armada regista, assim, a sua primeira quebra significativa desde o início do ciclo eleitoral.

André Ventura, por sua vez, reforça a posição à direita e consolida o eleitorado mais fiel do Chega, aproximando-se dos dois principais adversários. Já António José Seguro mantém 12,3 % das intenções de voto, com uma base estável mas sem sinais de crescimento.

A sondagem indica ainda que 43 % dos eleitores da Aliança Democrática afirmam que votariam em Marques Mendes, enquanto que 33 % dos votantes do PS manifestam intenção de apoiar Seguro.

Possível cenário de segunda volta e implicações políticas

Num eventual confronto direto, Marques Mendes venceria Gouveia e Melo por cerca de 4,2 pontos percentuais. Por outro lado, Ventura surgiria em desvantagem em todos os cenários testados. Estes resultados reforçam a perceção de que a eleição poderá ser decidida por margens muito reduzidas e com forte influência dos indecisos.

O panorama político ganha, portanto, uma nova incerteza. Com a sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa em aberto e três candidatos praticamente empatados, a campanha presidencial promete intensificar-se nas próximas semanas, com maior foco na mobilização de eleitores e no apelo ao centro político.

Por fim, dar nota de que a Intercampus realizou o estudo entre 20 e 26 de outubro, com base em 609 entrevistas a cidadãos com mais de 18 anos residentes em Portugal Continental e nas ilhas. A margem de erro máxima é de ±4 %, para um nível de confiança de 95 %.

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