Sines | Encerramento da fábrica Indorama deixa 60 pessoas desempregadas
Fábrica irá encerrar no final de março
A fábrica do setor químico Indorama Ventures, no Complexo Industrial de Sines, vai encerrar no final deste mês, após um ano em ‘layoff’, deixando 60 trabalhadores sem trabalho, revelou fonte sindical.
Em declarações à agência Lusa, Hélder Guerreiro, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul), indicou que «os trabalhadores receberam um documento a dizer que a fábrica iria encerrar a 31 de março», e considerou que «este é o desfecho há muito antecipado».
O ‘layoff’ na fábrica de Sines da multinacional tailandesa Indorama Ventures arrancou no início de outubro de 2023, durante seis meses renovável por igual período, com o pagamento de 66% do salário atual dos trabalhadores, e terminou em outubro de 2024.
Nessa altura o SITE- Sul alertou para a possibilidade de encerramento desta unidade, manifestando preocupação «pelo futuro dos trabalhadores e a destruição da capacidade produtiva do país».
Em junho de 2024, apenas metade dos cerca de 130 trabalhadores abrangidos pelo ‘layoff’ mantinham-se nessa situação, e em outubro de 2024, «os trabalhadores que mantinham o vínculo à empresa foram chamados para desempenhar as funções normais, mas desde novembro que estão nos seus postos de trabalho com a fábrica parada», explicou Hélder Guerreiro.
O sindicalista explicou também que «estão a decorrer negociações nos termos que a lei prevê para cessação dos postos de trabalho, tendo os trabalhadores direito, nos termos do acordo de empresa, a um salário por cada ano de antiguidade, formação e seguro de saúde».
Além do fecho e do despedimento dos trabalhadores, o dirigente do SITE-Sul apontou para a possibilidade de a fábrica de Sines da Indorama vir a ser deslocalizada.
«Apesar de a Indorama não querer continuar a laborar nesta fábrica, era importante que essa instalação ficasse no concelho ou fosse vendida ou cedida a outra empresa, mantendo a questão da produção e, porventura, até dos salários.»
O SITE-Sul já apelou ao Governo e ao presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, para «que tenha palavra e a possa usar contra mais um crime contra a produção nacional e no sentido da desindustrialização do país e da região».
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