A Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém enfrenta sérias dificuldades financeiras, o que levou ao encerramento do Centro Local de Atendimento à Integração de Migrantes (CLAIM), uma organização vital para o acolhimento e integração de migrantes.
Nuno Mascarenhas pediu uma reunião urgente ao Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, para discutir a continuidade dos serviços da associação, que desempenham um papel crucial na integração de migrantes. A audiência foi solicitada na semana passada, visando tratar de uma solução para a falta de financiamento. Desde janeiro de 2024, a Associação Caboverdiana ficou sem apoio da Administração Central, após mais de 20 anos de funcionamento do CLAIM. A falta de financiamento resultou também no encerramento do programa Ocupacit@, que apoiava mais de 40 crianças em atividades de ocupação de tempos livres.
O autarca sublinha que a Câmara Municipal de Sines já havia tentado mediar a situação com a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo), mas sem sucesso. No ofício enviado ao ministro, Mascarenhas critica a dependência excessiva de fundos comunitários, afirmando que esta situação fragiliza a prestação de serviços essenciais, como o atendimento aos migrantes. A ausência de uma resposta pública eficiente deixou a Associação Caboverdiana numa situação de quase colapso, comprometendo a sustentabilidade da instituição.
Nuno Mascarenhas considera “absolutamente inaceitável que um território com as características de Sines, mas também de todo o Alentejo Litoral, onde chegam novos migrantes todos os dias, não tenha um CLAIM em funcionamento.” O autarca elogia o trabalho da Associação Caboverdiana, afirmando que “desenvolve um trabalho essencial e amplamente reconhecido”, sendo fundamental para a comunidade migrante. Ele também reiterou que a Câmara Municipal de Sines manifestou disponibilidade para colaborar numa solução, mas enfatizou que “esta é uma competência do Estado, que deve agir rapidamente para restabelecer o serviço”.
O encerramento do CLAIM é um golpe profundo para a comunidade migrante, que depende dos serviços oferecidos pelo centro para a sua integração. Ao mesmo tempo, a própria Associação Caboverdiana está à beira da falência, uma situação que coloca em risco a continuidade do trabalho que desenvolvem há décadas. A comunidade local, especialmente os migrantes, agora enfrenta um futuro incerto, enquanto Mascarenhas aguarda uma resposta do Governo que possa evitar um colapso total dos serviços de atendimento e integração de migrantes na região.
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