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Sindicatos dos médicos convocam greve geral de três dias

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reuniram esta quarta-feira, 13 de outubro, para analisar o estado atual do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os problemas laborais enfrentados pelos seus médicos.

Na nota de imprensa divulgada, os sindicatos lamentam «que os seus alertas, apelos e comunicados não tenham sido ouvidos e que o SNS não tenha sido reforçado em bom tempo, nomeadamente em termos de recursos humanos médicos» e consideram que não podem «ficar indiferentes perante o desmantelar do SNS».

Por esse motivo, e na luta pela melhoria do SNS, «com medidas de força, imediatas e sustentáveis, que incluam uma adequada gestão de recursos humanos», os sindicatos representativos dos médicos vão avançar com uma greve geral de médicos para os dias 23, 24 e 25 de novembro.

«Concentrados que estiveram no combate à pandemia e após se ter atingido a meta de vacinação de 85% da população, a exaustão e exasperação dos médicos é notória» refere a comunicação conjunta.

«Apesar dos constantes apelos, mantém-se a recusa do Governo em investir de forma consequente no SNS e na negociação de condições de trabalho adequadas para os médicos.

As insuficiências dos serviços de saúde são já indisfarçáveis, com vários serviços a assumirem a ruptura de forma pública. A grande maioria não consegue cumprir com os seus compromissos assistenciais, mesmo laborando no limite das capacidades.

Esta situação sucede em todos os níveis de cuidados e por todo o país. São fruto de muitos anos de desinvestimento no SNS tendo sido agravadas pela pandemia.

As deficitárias condições de trabalho têm levado à desvinculação dos médicos do SNS o que, associado às reformas por idade e à fraca retenção de jovens especialistas, está a criar gravíssimas insuficiências.»

Para os sindicatos, as propostas para o Orçamento do Estado de 2022 «são desproporcionais e desadequadas em relação às reais necessidades do SNS» e consideram também que «as propostas que supostamente respeitam à capacidade de reter médicos no SNS, são completamente inconsequentes».


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