Setúbal reforça compromisso na luta contra a pobreza: Filme e debate inspiram ação social
Setúbal reforça o compromisso na luta contra a exclusão social com a exibição de um filme e debate.

A Câmara Municipal de Setúbal, através do seu vereador dos Direitos Sociais, Pedro Pina, reafirmou o compromisso do município na luta incansável contra a pobreza e exclusão social, num evento que decorreu esta tarde no Cinema Charlot — Auditório Municipal. A iniciativa, que combinou a exibição de um filme com um debate, está inserida no âmbito do II Fórum de Saúde Setúbal a Pensar em Si.
“Enquanto continuarmos a ter pobreza e exclusão, vamos continuar a ter mais problemas associados, seja na saúde, na justiça ou na educação”, afirmou Pedro Pina, sublinhando que estas questões sociais estão no centro das prioridades da autarquia. A sessão incluiu a projeção do filme “Eu, Daniel Blake”, um aclamado drama britânico de Ken Loach, que aborda a luta de um carpinteiro inglês para sobreviver à burocracia estatal, após sofrer um ataque cardíaco. O filme, que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2016, serviu como ponto de partida para uma discussão sobre os desafios enfrentados pelas populações mais desfavorecidas, especialmente no acesso a cuidados de saúde.
Pedro Pina destacou que a pobreza e exclusão social não podem continuar a ser uma realidade no concelho de Setúbal: “É uma luta muitas vezes desigual, difícil, mas da qual não abdicamos enquanto houver gente que estiver estigmatizada, sem dignidade humana e plenos direitos”. O vereador frisou a necessidade de esforços contínuos para combater estas desigualdades, uma missão que a autarquia abraça em parceria com a Rede Europeia Anti-Pobreza — Delegação de Setúbal e o CLASS — Conselho Local de Ação Social de Setúbal.
Dulce Soares, representante da Rede Europeia Anti-Pobreza — Delegação de Setúbal, realçou a importância da iniciativa, que se insere nas ações nacionais do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e Exclusão Social, celebrado a 17 de outubro. Segundo Soares, o filme escolhido para esta sessão oferece “um conjunto de lições de vida” que refletem o impacto da exclusão social e a urgência de políticas públicas mais eficazes.
A narrativa de “Eu, Daniel Blake” acompanha o percurso de um homem de 59 anos que, após um problema de saúde, se depara com a complexa burocracia para conseguir provar a sua incapacidade laboral e aceder a apoio financeiro estatal. Ao longo da sua luta, ele cruza-se com uma jovem mãe solteira, igualmente em situação de vulnerabilidade, que também enfrenta a difícil realidade de necessitar de apoio social e alimentar.
Após a exibição do filme, seguiu-se um debate sobre as “questões específicas de saúde das populações mais desfavorecidas”, onde se destacou a importância de uma rede de apoio integrada e eficaz para garantir que todos tenham acesso a cuidados de saúde dignos.
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