Setúbal | PSD acusa CDU de “ineficácia” e garante que o chumbo do orçamento não coloca em causa a execução dos projetos do PRR
Partido rejeita acusações da CDU de ser co-responsável pela situação financeira da autarquia, e acredita que a governação em duodécimos "obriga a Câmara Municipal de Setúbal a gerir de forma mais rigorosa o orçamento".
O PSD Setúbal realizou esta segunda-feira, dia 2, uma conferência de imprensa, onde justificou o seu voto contra o Orçamento Municipal, chumbado no passado dia 28 de novembro. Os sociais-democratas avaliam a “falta de compromisso da CDU em executar o seu próprio orçamento”, e rejeitam que o chumbo coloque em causa os projetos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).
Através da voz do vereador social-democrata Paulo Calado, o partido destacou o facto do orçamento municipal para 2024 ter executado, até ao dia 30 de setembro, apenas 31% do previsto “muito aquém dos valores orçamentados“, algo que conjuga com os 13% de execução do plano plurianual de investimentos. Para além disso, o partido considerou o orçamento para 2025 de 338,5 milhões de euros como “bastante irrealista“, assim como a dívida a fornecedores, que ascendeu aos 30 milhões de euros (8 milhões dos quais são dívidas com mais de um ano).
No entanto, apesar dos resultados negativos, que ascendem aos 16,1 milhões de euros até ao fim do terceiro trimestre deste ano, o partido lembrou o aumento da receita de impostos, “que só este ano já supera em mais de 3 milhões de euros o ano de 2023”.
Já em relação à posição do partido em relação ao orçamento municipal, o partido destacou que “não haverão perturbações nem para os trabalhadores, nem para a população”, no seguimento do chumbo do orçamento, pois os projetos previstos a executar no âmbito do PRR já estavam programados no orçamento para 2024, assim como o orçamento dos Serviços Municipalizados de Setúbal, que foi aprovado.
Para além disso, o PSD garante que a governação da autarquia em duodécimos “obriga a Câmara Municipal de Setúbal a gerir de forma mais rigorosa o orçamento“, e que não irá colocar em causa a descida da taxa de IMI para 0,37%, como aprovado no dia 6 de novembro.
Respondendo aos jornalistas, o vereador Paulo Calado sublinhou que “tem de haver uma política de bom acolhimento de investimento em Setúbal“, afirmando que o chumbo do orçamento não coloca em causa o investimento de empresas em Setúbal, pois “isso já acontece”. O autarca acrescentou, ainda, que o executivo CDU ainda não contactou o PSD para uma nova versão do orçamento, mas que estão “sempre disponíveis” para negociar, e rejeita as acusações do Partido Socialista de ser “muleta da CDU”, revelando que os socialistas aprovaram mais propostas da CDU do que o PSD.
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