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Setúbal | Maria das Dores Meira esclarece a polémica em relação aos cartões de crédito enquanto autarca

A candidata esclarece as despesas e aponta o dedo a "eles", para além de pedir celeridade na investigação "para virem esses nomes cá para fora".

Em entrevista exclusiva ao Diário do Distrito, a candidata e ex-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, admitiu todas as despesas noticiadas pelo Público a 29 de agosto, mas garante que, não só as despesas eram para o município, como não era a única a usar cartões de crédito, para além destes servirem como complemento às ajudas de custo e ao fundo de maneio.

Ao ser questionada sobre as despesas feitas por “duas entradas no Oceanário de Lisboa, despesas de lavandaria, aquisição de equipamento fotográfico, compras online e em lojas como a Worten, Staples e FNAC”, a candidata não só confirmou todas, como justificou o uso dado a cada uma. Admitiu que o equipamento fotográficoestá nas mãos dos fotógrafos que andam aí na rua“, e que as despesas de lavandaria serviam para “lavar os cortinados dos gabinetes“. Já sobre o Oceanário, justificou como tendo sido usufruído por delegações que “querem estar sempre um dia em Lisboa, e vão ver esse tipo de coisas“. Desta forma, a candidata afirma que “não há de lá haver nenhuma fatura de utilização própria e indevida“.

No entanto, também apontou o dedo aos atuais autarcas, referindo-se como “eles”, e garantiu que, tal como a então presidente da Câmara, “todos [utilizavam os cartões] e, portanto, hoje não utilizam o cartão, hoje não utilizam fundo de maneio, nem têm cartões, porque se armam em sérios, aqueles que dizem que são muito sérios”. Dos vereadores mencionados, constam Ricardo Oliveira e Carlos Rabaçal. A candidata também alega que, no mandato passado, os atuais autarcas “utilizaram à grande e à francesa o cartão de crédito da gasolina do seu carro, indevidamente“.

A polémica foi avançada pelo jornal Público, no passado dia 29 de agosto, que dava conta da abertura de um inquérito-crime, que se encontra no “segredo de justiça e não tem arguidos constituídos“, mas cuja investigação inclui Maria das Dores Meira, sobre alegada utilização indevida de cartões de crédito emitidos em seu nome, e as “circunstâncias em que esta era abonada pela utilização do seu automóvel ao serviço da autarquia“. As despesas teriam chegado aos 103 mil euros, e incluíam despesas de representação, no âmbito dos acordos e protocolos de geminação do município, para além das já mencionadas acima.


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fertagus

palmela

comentário

  1. esclarece?????🤣🤣🤣 desculpas e culpar os outros foi o k vi