Pela segunda vez na história do concelho do Seixal a CDU vê o seu orçamento para 2023 chumbado pelos eleitos da Assembleia Municipal.
As Opções do Plano e Orçamento (GOP) para 2023, aprovadas em reunião de câmara extraordinária de 29 de novembro, foram rejeitadas na sessão ordinária de 15 de dezembro da Assembleia Municipal do Seixal.
A votação, que teve lugar na reunião que decorreu nesta quinta-feira, contou com os votos contra do PS, PSD, Chega e 1 eleito independente (17); a abstenção do BE, PAN e 1 eleito independente (4) e teve apenas como votos favoráveis os dos eleitos do PCP (16).
Na votação, que conta também com os votos dos eleitos às Juntas de Freguesia, o eleito à Junta de Freguesia de Fernão Ferro, (PS) também votou contra.
Este é foi o primeiro orçamento apresentado no mandato do novo presidente Paulo Silva, que substituiu Joaquim Santos, mas é a segunda vez que a CDU vê a proposta de orçamento chumbada, depois do mesmo ter ocorrido em 2018, pela primeira vez em 44 anos de gestão da autarquia do Seixal.
Para a Comissão Concelhia do PSD Seixal, «este é um orçamento que despende de milhares de euros para o movimento associativo, criando ilusões de promessas de obras que vão ecoar na eternidade, criando reféns os seus dirigentes tendo como contrapartida um apoio em eleições autárquicas. Uma gestão autárquica, na nossa visão, não pode ter este princípio.»
O PSD Seixal critica o PCP por «efabular, fulanizar e criar inimigos externos e internos, diabolizar a oposição, diabolizar o Governo; ele é anúncios na TV, programas ao fim-de-semana à tarde, publicações em revistas, cartazes, outdoors, folhetos, circulares, e até as quantias que se pagam para gerir as redes sociais, vale tudo e faz-se tudo sob a capa ‘dos interesses da população’».
As GOP previam um investimento superior em 19,34 por cento em relação ao de 2022, atingindo os 133 milhões de euros, e entre os projectos estavam «a construção de novas escolas do 1.º ciclo do ensino básico e pré-escolar, ampliações e requalificações de escolas já existentes, o apoio à edificação de estruturas residenciais para idosos e para a deficiência e a requalificação das instalações das associações de reformados. O documento apostava na continuação da construção do Centro Cultural José Saramago, em Amora, onde ficará o novo Centro de Apoio ao Movimento Associativo Juvenil, e na execução dos 46 projetos do Plano Municipal de Desenvolvimento Desportivo.
O Centro Ciência Viva de Interpretação Ambiental da Baía do Seixal, a construção da via alternativa à EN10 entre Corroios e Amora, os centros de saúde dos Foros de Amora, da Unidade de Saúde Familiar Rosinha (na Cruz de Pau) e do Centro de Saúde de Aldeia de Paio Pires, a aposta na instalação de empresas, a conclusão do passeio ribeirinho Miratejo/Corroios, a requalificação do núcleo urbano antigo de Arrentela e o programa Seixal Criativo são outros exemplos de investimento previstos no documento e que agora não poderão arrancar em virtude do chumbo do orçamento» refere a nota do município.
«Em resultado desta votação pela assembleia municipal, a Câmara do Seixal fica assim obrigada a um exercício de gestão limitado que dificulta a resposta às justas aspirações de melhor qualidade de vida por parte da nossa população, expressas e legitimadas democraticamente pela vitória do programa eleitoral da CDU nas últimas eleições autárquicas» refere um comunicado da autarquia nas redes sociais.
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