
O jovem de 16 anos acusado de homicídio qualificado do padrasto no Miratejo, João Nzinga, em Outubro de 2022, confessou o crime durante o julgamento.
«Espetei a faca quando ele me estava a asfixiar» confessou Vicelmo Santana durante a audiência no Tribunal de Almada esta quinta-feira, alegando legítima defesa, e pediu desculpa pelo ocorrido aos familiares.
A facada foi dada no peito, «perfurou um pulmão e seccionou a artéria aorta», segundo a autópsia.
No relato do jovem, publicado pelo Correio da Manhã, este explica que «tinha desaparecido dinheiro e os cigarros do quarto onde eu dormia com a minha mãe.
Perguntei-lhe se ela sabia porquê, mas o meu padrasto meteu-se e disse que eu tinha de sair de casa, que estava farto de mim. Começou a puxar-me o casaco, mas eu empurrei-o. Ele continuou, atirou-me ao chão e começou a asfixiar-me. A minha mãe e a vizinha tiraram-no de cima de mim e eu fugi para a cozinha.»
Foi aí que Vicelmo Santana, pegou «numa faca que estava no lava-loiça e guardei-a no bolso das calças. Ele veio até à porta e disse que eu era um fardo e que isso ia acabar hoje. Senti medo e tentei fugir, mas ele agarrou-me outra vez. Soltei-me, saí de casa e comecei a descer as escadas [do prédio]. Mas tropecei e cai. Ele vinha atrás de mim, deu-me uma chapada e agarrou-me de novo pelo pescoço. Foi aí que tirei a faca do bolso. Dei-lhe o golpe quando ele me estava asfixiar.»
Apesar do crime que confessou, a mãe garante que Vicelmo «é um bom menino», e que seria vítima de violência por parte do padrasto «que apagava os cigarros nos braços do meu filho».
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