Santiago do Cacém

Santiago do Cacém | População em protesto contra encerramento do Posto da GNR

População teme encerramento do Posto da GNRd

Posto da GNR de Cercal do Alentejo sem viatura, apenas com oito militares e com ameaça da redução de efectivos, levaram a Junta de Freguesia e a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém a organizar uma ação de luta na manhã deste sábado no lugar de Pouca Farinha.

O posto da GNR mais próximo fica a 30 quilómetros, o que preocupa todos os moradores, e pode aumentar o nível de insegurança, além de afectar o serviço público de resposta aos cerca de 3500 habitantes da freguesia.

A Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo alertou também para a possibilidade de o número de militares neste posto vir a ser ainda mais reduzida.

Em nota enviada à imprensa, a Comissão de Utentes alerta para que «este um sinal de que, possivelmente esta Unidade venha a encerrar, o que não podemos aceitar e tudo faremos para reverter a decisão que prejudica esta Freguesia».

O posto de Cercal do Alentejo perdeu metade do efectivo e a única viatura de que dispunha nos últimos meses, o que motivou o envio de um requerimento por parte dos deputados do PCP na Assembleia da República, à ministra da Administração Interna, em janeiro.

Os eleitos alertavam no documento que os «demais postos da GNR se encontram a distâncias consideráveis», que chegam a ser «superiores a 30 quilómetros».

Esta situação também preocupa a Associação dos Profissionais da Guarda – APG/GNR, que numa nota publicada nas redes sociais pela Coordenação de Lisboa, a dar conta de que teve deste protesto.

«Independentemente de estar em causa o encerramento do Posto ou a passagem ao funcionamento com atendimento reduzido, a APG/GNR sempre defendeu que o número de elementos por local de serviço deve ser adequado à extensão da Zona de Acção em causa bem como à densidade populacional e características da criminalidade».

Para a APG/GNR «a existência de Postos Territoriais a funcionar com atendimento reduzido e sem elementos para garantir um policiamento preventivo, permanente e de proximidade não é o modelo que melhor serve a segurança das populações e o agrupamento de postos, recurso utilizado pela Instituição para dar resposta ao policiamento e a ocorrências e que não é aquele que melhor serve a segurança pública, a operacionalidade e mesmo os profissionais, que se veem obrigados a longas deslocações durante o seu serviço.

Aliás, tal dispersão de meios e recursos humanos, poderá colocar em risco os próprios profissionais.»

Por fim, a APG/GNR faz «votos para que as decisões que venham a ser tomadas a este respeito sejam ponderadas e considerem todas as variáveis e o contexto existente, salvaguardando os direitos de todos os intervenientes».


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