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Santiago do Cacém | Agricultores exigem apoios do Governo para combater doença da língua azul (atualizada)

Agricultores apelam à necessidade de prevenção e de apoios do Governo, ao mesmo tempo que admitem sentir-se abandonados devido aos prejuízos.

Esta quinta-feira, cerca de uma centena de agricultores do Litoral Alentejano manifestarem-se em São Domingos, Santiago do Cacém, exigindo apoios do Governo para combater a doença da língua azul, numa altura em que, em 500 ovinos na região, 50% estão infetados com o serotipo três da doença da língua azul.

Os produtores consideram que é necessária prevenção, e aguardam a chegada das vacinas prometidas pelo governo para administrar nos animais, que relevam existirem alguns “atrasos” na sua realização. No entanto, estes manifestaram sentir algum “abandono” por parte do Governo, algo agudizado pelos prejuízos provocados pela doença à criação de gado, é à falta de uma “resposta atempada do sistema de recolha de cadáveres“, de acordo com o relatado à vereadora Sónia Gonçalves, que detém o pelouro da Saúde.

Sónia Gonçalves, que esteve no protesto em representação da Câmara Municipal, afirmou que a autarquia está “solidária com os criadores“, lembrando que a criação de gado é “a fonte de rendimento de muitas famílias do nosso concelho, que trabalham todos os dias para o desenvolvimento económico da região e do país“.

Créditos: Câmara Municipal de Santiago do Cacém.

Neste protesto, foi aprovada uma moção, a enviar ao Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro da Agricultura e aos Grupos Parlamentares, que apela à “tomada de medidas de profilaxia e de terapêutica da doença e defendem que haja compensação económica para as explorações afetada com o pagamento imediato por cabeça perdida“, assim como uma “avaliação técnica” das explorações afetadas. Do mesmo modo, pede-se a entrega das vacinas “em tempo útil às explorações ainda não afetadas” e a sua comparticipação. e a disponibilização de “produtos de biossegurança“.

A doença da língua azul tem estado a afetar todo o território continental nos últimos meses. Até ao dia 6 de novembro, haviam sido detetados 14.449 casos, tendo morrido 2.345 animais.

A doença, de acordo com o site oficial da DGAV, é uma “doença viral, infeciosa não contagiosa, não transmissível aos humanos”, que é transmitida “por insetos do género Culicoides, que são os vetores biológicos”, e que se manifesta em 24 doenças.

(atualizado às 9h22 de 8 de novembro, com as declarações da vereadora Sónia Gonçalves, e fotografias do protesto)


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