Salário médio líquido nacional não caía tanto desde os tempos da troika

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta semana no âmbito do Inquérito ao Emprego do terceiro trimestre, o salário líquido trimestral registou um decréscimo de 0,5% entre Julho e Setembro – a maior redução desde o início de 2014, quando o país tentava a saída do programa de ajustamento da troika e do governo de coligação PSD-CDS.
Tendo em conta apenas o trimestre de verão, esta é a maior queda do salário médio nacional desde o primeiro verão com a troika, em 2011, altura em que o programa de austeridade estava a começar a produzir efeitos.
O salário médio líquido, uma medida que é calculada a partir dos rendimentos de quase 4,2 milhões de trabalhadores por conta de outrem (TCO), estava a recuperar desde o início de 2014, ainda que de forma lenta.
Entre o final de 2021 e o 2.º trimestre deste ano ganhou 28 euros, fixando-se em 1039 euros líquidos mensais, o maior valor segundo dados do INE. Já no terceiro trimestre, devido à crise energética e à inflação, o salário médio caiu cinco euros e é preciso recuar ao início de 2014 para encontrar um retrocesso maior em termos trimestrais.
Em sentido inverso, o grupo de topo composto por “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, directores e gestores executivos” viu os salários valorizarem, seja no trimestre, seja face ao verão de 2021.
Estes profissionais obtiveram um acréscimo superior a 11% no salário médio líquido, enquanto os políticos e chefes de topo registam um aumento salarial líquido superior a 4%.
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