
A Indorama Ventures, multinacional tailandesa com fábrica em Sines, anunciou a extensão do layoff por mais seis meses, afetando diretamente 130 trabalhadores. O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul) expressou grande preocupação com esta medida, destacando as dificuldades enfrentadas pelos funcionários que já vivem com metade do salário há mais de seis meses.
Hélder Guerreiro, representante do SITE-Sul, declarou à agência Lusa: “O sindicato está preocupado essencialmente com a situação dos trabalhadores da Indorama, porque há mais de seis meses que vivem com metade do seu salário e todos os problemas que isso acarreta”. Segundo Guerreiro, a administração da Indorama decidiu prolongar o layoff, iniciado em outubro de 2023, até outubro deste ano.
Apesar da situação, parte dos trabalhadores em layoff procurou alternativas dentro e fora da região. Atualmente, cerca de metade dos 130 funcionários permanece nesta situação. O sindicato reuniu-se recentemente com a administração da fábrica, mas ainda não há clareza sobre o futuro após outubro.
“A nossa preocupação é que a empresa continue a operar em Portugal, mantendo os postos de trabalho e contribuindo para a economia local”, afirmou Hélder Guerreiro. O sindicalista destacou a importância de evitar a deslocalização da fábrica para o sudoeste asiático.
O layoff, conforme o Código do Trabalho, permite uma redução temporária dos períodos de trabalho ou a suspensão dos contratos, com os trabalhadores recebendo uma compensação mensal correspondente a dois terços do salário normal ilíquido. A Indorama Ventures adquiriu a fábrica, anteriormente pertencente à Artlant, em 2017, num investimento de 28 milhões de euros. A unidade produz ácido tereftálico purificado, essencial na fabricação de embalagens plásticas.
O sindicato continua vigilante e garantirá que a empresa mantenha as suas operações em Portugal, protegendo assim os empregos e a estabilidade dos trabalhadores.
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