Reformados exigem ação: Falta de lares dignos para idosos em Portugal
Reformados e pensionistas denunciam a grave falta de lares públicos e a proliferação de lares clandestinos em Lisboa, exigindo uma rede pública gerida pelo Estado.

Cerca de 30 reformados e pensionistas reuniram-se hoje numa tribuna pública em Lisboa para destacar a carência de estruturas de acolhimento para idosos e a proliferação de lares clandestinos. A ação, promovida pela Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) e pela Inter-Reformados da CGTP-IN, decorreu na Praça Paiva Couceiro, um mês após a entrega de uma petição no parlamento com mais de 8.000 assinaturas a exigir a criação de uma rede pública de lares e o reforço do apoio aos idosos que permanecem em casa.
Isabel Gomes, presidente do MURPI, sublinhou a necessidade imperiosa de uma rede de lares gerida pela Segurança Social. “Precisamos de uma rede pública com profissionais competentes para tratar dos idosos que necessitam de cuidados”, destacou. Isabel alertou ainda para a falta de inspeções em lares clandestinos, que operam sem condições adequadas.
A petição, entregue na Assembleia da República no dia 18 de junho, já foi aceite e conta agora com mais de 2.000 assinaturas adicionais. Isabel Gomes aguarda que a comissão parlamentar dê seguimento ao documento, esperando que os partidos apresentem propostas de lei.
Arlindo Costa, coordenador da Inter-Reformados da CGTP-IN, criticou o abandono dos idosos, afirmando que muitos não têm recursos financeiros para aceder a um lar. “É chocante ver pessoas que trabalharam toda a vida chegar à velhice sem condições dignas devido aos elevados custos dos lares, muitos dos quais clandestinos e sem infraestrutura adequada”, disse Arlindo. Destacou que a questão das baixas pensões e dos salários deve ser prioritária na agenda do governo. “É fundamental que os sucessivos governos abordem este tema com seriedade na Assembleia da República”, concluiu.
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