Reforço policial em Lisboa: PSP mobiliza meios para garantir segurança em manifestações com interesses antagónicos

A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou um plano operacional robusto para assegurar a segurança de duas manifestações marcadas para este sábado em Lisboa. Os eventos, que representam posições ideológicas opostas, vão ocorrer entre a Alameda e o Martim Moniz e também na Praça da Figueira, exigindo uma resposta estratégica das autoridades.

Segundo a direção nacional da PSP, foi realizada uma análise de risco detalhada, visando evitar ações hostis e de violência durante as manifestações. Para isso, a PSP mobilizará diversas equipas do Comando Metropolitano de Lisboa, com apoio da Unidade Especial de Polícia (UEP), reforçando a vigilância em áreas consideradas sensíveis.

Um dos protestos, denominado “Não nos encostem à parede”, é organizado por associações cívicas em resposta à intervenção policial recente na Rua do Benformoso, onde foram detidas duas pessoas e apreendidos objetos contrafeitos, dinheiro e armas. As imagens dessa operação, que mostravam dezenas de imigrantes revistados com as mãos na parede, geraram críticas e motivaram a convocação do evento contra o racismo e a xenofobia.

Em contrapartida, o partido Chega organiza uma vigília intitulada “Pela autoridade e contra a impunidade” na Praça da Figueira, em apoio às forças policiais. A PSP informou que alertou os promotores de ambas as manifestações sobre os limites legais e reforçou o compromisso de garantir o livre exercício do direito à reunião.

As autoridades enfatizam que não pouparão esforços para assegurar que as manifestações ocorram sem incidentes, protegendo tanto os participantes quanto a população local. Com o envolvimento de diversas valências policiais, Lisboa será palco de um importante teste à capacidade de gestão de segurança pública em contextos de elevada tensão social.

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