PS acusa Moedas de transformar Lisboa em “parque de diversões”
Foi na última Assembleia Municipal que a bancada do Partido Socialista (PS) acusa o presidente Carlos Moedas de querer transformar a cidade num “parque de diversões”, consideram ainda a governação do social-democrata uma “governação que continua à deriva”.
A Assembleia Municipal de Lisboa reuniu ontem em sessão ordinária, e no decorrer da reunião foram muitas as acusações deixadas pelo Partido Socialista (PS) ao presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas.
“Dois anos decorridos da governação da direito coligada dos ‘Novos Tempos’ e o que temos? Que sonho move a cidade? Que projeção de Lisboa do futuro? Que propostas apresenta e tem para os lisboetas? Nada, nenhuma, Lisboa continua à deriva”, foram as palavras da deputada municipal do PS, Carla Madeira, que apontou o dedo à governação de Carlos Moedas.
Num debate acesso por parte da bancada do PS, a deputada Carla Madeira criticou negativamente a liderança da coligação “Novos Tempos” [OS/CDS-PP/MPT/PPM e Aliança], que está na Câmara de Lisboa a governar sem uma maioria absoluta, desde 18 de outubro de 2021, sobe o comando do social-democrata Carlos Moedas, que conseguiu derrotar Fernando Medina (PS), nas últimas autárquicas.
A deputada, que esteve imparável, apontou o dedo às consecutivas falhas de governação em Lisboa, como na área da higiene urbana, mobilidade, ambiente, segurança e habitação.
“Lisboa está mais suja, não podemos ignorar, mas a culpa não é do PS”, afirmou a deputada municipal, adiantando que a coligação “Novos Tempos” está contra a mobilidade suave, e que está a criar obstáculos à implementação de ciclovias na cidade, e a aumentar assim o trânsito automóvel dentro da cidade.
Carla Madeira defendeu ainda que “uma cidade de futuro e com futuro tem de ser uma cidade segura, tranquila e onde o cidadão tenha qualidade de vida”, lembrou ainda um episódio do último fim de semana (14) de um jovem morto no Bairro Alto por golpes de uma garrafa.
“É extremamente necessário fazer cumprir os regulamentos existentes relativamente à vida noturna na cidade, assim como é extremamente importante a instalação das câmaras de videovigilância”, adiantou a deputada que também é presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, que abrange Cais do Sodré e Bairro Alto.
Carlos Moedas respondeu à intervenção da deputada socialista dizem que: “Sinto, e digo isto com alguma tristeza, que ainda há da parte do Partido Socialista uma não aceitação, uma não aceitação da vitória, e penso que isso é problemático para a nossa democracia”.
Os representantes da coligação “Novos Tempos” também fizeram uma intervenção afirmando que o estado da cidade de Lisboa está melhor hoje do que na governação do PS, e que o estado pode não ser aquele que mais desejam, mas que está melhor.
Já por parte do PEV, os verdes indicam que a cidade de Lisboa não está melhor e as pessoas continuam com problemas para serem resolvidos, já o PAN disse que a capital tem tornado-se “cada vez mais desigual”. O Livre avisou que “não basta repetir que se está a fazer Lisboa para que Lisboa seja feita”.
O PCP falou sobre a habitação e o BE criticou a governação de Carlos Moedas na prioridade de resposta aos investidores imobiliários, bem como o recuo na área da mobilidade. Já o Chega apontou o dedo a Carlos Moedas para questões de liderança, incluindo na área do urbanismo.
Mais expetante foi a Iniciativa Liberal que afirmou “Tempos novos tardam em chegar”.
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