Protesto em Lisboa: Navio acusado de facilitar armamento a Israel gera revolta junto ao porto

Dezenas de manifestantes reuniram-se na noite de sábado em Lisboa para protestar contra a atracagem de um navio que, segundo o Bloco de Esquerda (BE), está “na rota do genocídio” em Gaza. O protesto teve lugar em frente ao Porto de Lisboa, precisamente às 20:00, coincidindo com a chegada do navio Nysted MAERSK, que o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, descreveu como sendo “central no armamento americano de Israel”.

A denúncia foi impulsionada pela campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) a Israel, que afirma que o navio tem realizado “centenas de transportes ilegais de armas para Israel” através do porto espanhol de Algeciras nos últimos meses. Após uma alegada proibição das autoridades espanholas de permitir o uso deste porto, Portugal teria se tornado a nova alternativa para o trânsito destas cargas.

Em resposta às acusações, o Governo português justificou a atracagem, afirmando que o navio não transportava nenhum tipo de armamento ou carga militar. Contudo, Sandra Machado, representante da Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP), contestou esta permissão, considerando-a um sinal de “cumplicidade” de Portugal. Entre os manifestantes estavam também membros das organizações Palestina em Português e Comité de Solidariedade com a Palestina, além de vários estudantes que apoiam a causa palestiniana.

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