O presidente angolano, João Lourenço, manifestou desagrado face à nova lei da nacionalidade aprovada pelo Governo português, sublinhando o potencial de impacto negativo nas relações bilaterais entre Angola e Portugal, bem como no futuro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
João Lourenço foi perentório ao afirmar que “o mínimo que exigimos é que Portugal não trate os imigrantes pior do que os portugueses foram tratados nos países que os acolheram”, recordando o passado de Angola enquanto país de acolhimento de cidadãos portugueses.
Durante uma entrevista à CNN Portugal, o chefe de Estado angolano reconheceu o direito de cada país gerir as suas fronteiras e definir as respetivas políticas migratórias. No entanto, deixou um alerta: “Hoje são uns, amanhã serão outros. No passado foram outros. Portugal é um país de emigrantes, a sua história está profundamente ligada à emigração.”
Lourenço frisou ainda que eventuais alterações no regime de atribuição de nacionalidade podem gerar instabilidade e desconfiança, comprometendo a cooperação e o espírito de comunidade que marcam o relacionamento entre os Estados-membros da CPLP.
O Governo português não comentou oficialmente as declarações do presidente angolano até ao momento.
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