Prémios na saúde? Sim, mas só quem trabalhou na primeira vaga
O prémio aos profissionais do Serviço Nacional da Saúde que lutaram contra a covid-19 foi aprovado por unanimidade no Orçamento Suplementar, no último sábado, em Conselho de Ministros.
“Só vão receber o prémio quem daqueles 45 dias [de 19 de março a 2 de maio] esteve, pelo menos, 30 dias a trabalhar de forma direta com doentes com Covid-19 infectados ou suspeitos em enfermarias, cuidados intensivos e áreas dedicadas a testes à Covid-19, profissionais de saúde pública e do INEM envolvidos no transporte de Covid”, afirma Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
O Sindicato dos Enfermeiros afirma que entregar o prémio “só aos profissionais que estiveram em áreas dedicadas à Covid-19 significa muito poucas pessoas”, completa.
Muitos profissionais ficarão de fora e já obtiveram a confirmação: “Sobre a perspetiva de vir a abranger mais pessoas foram muito taxativos. Não irá abranger os 170 mil profissionais de saúde”, lamenta.
“O prémio foi aprovado durante a primeira vaga. Hoje a situação é de maior gravidade, o número de enfermeiros em áreas Covid-19 e intermédias é muito maior. O prémio vem fora de tempo e não abrange todos os profissionais. Atribuir o prémio só à primeira vaga é um presente envenenado e a forma como o está a gerir, mais envenenado vai ser”, informa Lúcia Leite, presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros.
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