“Poupem as crianças”: Freira implora à Polícia birmanesa para salvar manifestantes
A imagem de uma freira ajoelhada em frente de militares e polícia que está a comover o mundo.
Desde o golpe de Estado do dia 1 de Fevereiro que as forças policiais e o exército birmanês responderam violentamente contra os manifestantes que saíram à rua em defesa da libertação da líder deposta Aung Suu San Kyi, que ganhou com uma esmagadora maioria as eleições de Novembro passado.
A repressão policial já vitimou mais de 50 manifestantes, com centenas de feridos e milhares de detidos, incluindo políticos, activistas, jornalistas e monges, de acordo com a Organização das Nações Unidas.
Na Terça-Feira, dia 9 de Março, a freira Ann Roza Nu Tawng, de 45 anos, do Convento de São Francisco de Xavier em Myitkyina, no noroeste da Birmânia, juntamente com outras duas freiras, apelou às forças policias, que se aproximavam dos manifestantes, para não dispararem.
“Eu ajoelhei-me… a implorar para não dispararem contra as crianças, e em vez disso, para me matarem. (…) Eu decidi morrer. Eu estava a pedir e implorar para que não disparassem e disse-lhes que os manifestantes não cometeram qualquer crime.”, disse a chorar à Sky News.
Ann Roza já tinha sido filmada em Fevereiro a parar a investida da polícia contra os protestos, tendo salvo cerca de 100 manifestantes. Em declarações à Sky News, Ann Roza acusou as forças policias de “violentarem e assassinarem dissidentes”.
“As pessoas têm que se defender umas às outras, e ajudarem-se mutuamente, pois não podemos confiar em ninguém.Não é seguro”
Durante o fim-de-semana, residentes de várias cidades do noroeste birmanês, reportaram ao jornal local Myitkyina News Journal que soldados dispararam gás lacrimogéneo e munições letais contra os manifestantes, para reprimir os protestos que se alastram no país.
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