Saúde

Portugal melhora oferta alimentar e reforça resposta na nutrição nos cuidados de saúde primários

De acordo com o documento, o país apresenta valores mais baixos de sal em "produtos de padaria, refeições pré-preparadas e queijos, e menor teor de açúcar em refrigerantes, bolos e bolachas doces", quando comparado com a média europeia.

Portugal destaca-se entre os países europeus com “menor teor médio de sal e açúcar nos alimentos“, segundo o Relatório Anual 2024 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), divulgado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no âmbito do Dia Mundial da Alimentação.

De acordo com o documento, o país apresenta valores mais baixos de sal em “produtos de padaria, refeições pré-preparadas e queijos, e menor teor de açúcar em refrigerantes, bolos e bolachas doces”, quando comparado com a média europeia.

O relatório destaca também o impacto positivo das políticas fiscais na reformulação de produtos alimentares, nomeadamente o imposto especial sobre as bebidas açucaradas, em vigor desde 2017.

“Entre 2017 e 2024, verificou-se uma redução de 39% nas bebidas com maior teor de açúcar (≥8g/100mL). Este efeito, mantido ao longo do tempo, demonstra o papel decisivo das políticas fiscais na promoção de ambientes alimentares mais saudáveis”, afirma a DGS em comunicado.

Nos refrigerantes sujeitos à taxação, a diminuição do açúcar foi de 25,7%, enquanto nas categorias apenas abrangidas por acordos voluntários a redução foi de 14,8%, sugerindo que “as medidas regulatórias são mais efetivas do que os acordos voluntários”.

Apesar dos progressos, o relatório identifica áreas que ainda exigem intervenção, como os cereais de pequeno-almoço, iogurtes e produtos de charcutaria, onde os teores médios de sal e açúcar permanecem acima da média europeia.

Pela primeira vez, o PNPAS apresenta dados relativos à resposta dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) na área da nutrição. Em 2024, foram realizadas quase 137 mil consultas de nutrição, o que representa um aumento de 30% face a 2022, revelando uma maior capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nesta área.

Os dados relativos ao registo de excesso de peso e obesidade nos cuidados de saúde primários também evoluíram positivamente, o que, segundo a DGS, pode refletir “uma melhoria do desempenho do SNS na identificação de pessoas com pré-obesidade e obesidade, bem como do seu registo como diagnóstico clínico”.


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