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Portugal condena violência nas eleições moçambicanas: “Temos feito alguns contactos”, diz Rangel

Pelo menos sete pessoas já morreram durante as manifestações em Moçambique. Rangel afirma que Portugal está "a acompanhar de muito perto" a situação no país.

No decorrer do debate de especialidade do Orçamento do Estado, esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, falou sobre a posição de Portugal em relação às eleições moçambicanas e à repressão policial. Paulo Rangel afirmou que Portugal está “a acompanhar de muito perto” a situação em Moçambique e condenou os recentes atos de repressão, incluindo “os dois assassinatos”.

Segundo o ministro, a intervenção de Portugal resume-se a alguns contactos através da embaixada: “Temos feito, através da nossa embaixada, alguns contactos”, referiu o ministro dos negócios estrangeiros durante o debate.

Apelando ao diálogo entre os partidos opositores, Rangel declarou que “No que depender de Portugal, tudo faremos para ajudar a que esse diálogo seja possível, para que tenhamos uma solução para que o povo moçambicano não tenha que passar por mais nenhuma provação”, declarou Paulo Rangel.

Frelimo volta a vencer

Segundo os dados divulgados em 24 de outubro, Daniel Chapo, da Frelimo, venceu a recente eleição presidencial com 70,68%.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) está no poder desde 1975. Desconfiando da legitimidade dos resultados, Venâncio Mondlane, representante da oposição (Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique), apelou a uma greve geral e a manifestações durante uma semana em Moçambique, com marchas em Maputo, a 7 de novembro.

Segundo um relatório do Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) de Moçambique, a violência policial contra manifestantes já provocou pelo menos “sete vítimas mortais e dezenas de feridos”, além de centenas de detenções, partilhou ontem o Jornal Público.

O governo moçambicano pediu respeito à população e afirma que está a aguardar pela validação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional: “O nosso conselho é que aguardemos pacientemente pela validação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional. Devemos confiar nas instituições que nos termos da lei têm a missão de dirimir litígios”, disse Verónica Macamo, mandatária da FRELIMO.


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