Portos de Lisboa e Sines impulsionados por crise marítima Internacional
A crise no transporte marítimo global, causada pelos ataques dos rebeldes houthis a navios comerciais no mar Vermelho, tem um impacto significativo nos portos portugueses de Lisboa e Sines.

Desde o final de 2023, os armadores desviam as suas rotas para o cabo da Boa Esperança, ligando a Ásia à Europa, o que resultou num aumento substancial na movimentação de carga nesses portos.
Nos primeiros dois meses deste ano, tanto o Porto de Sines quanto o Porto de Lisboa registaram crescimentos superiores a 20% na carga movimentada, em comparação com o mesmo período de 2023, conforme dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), citados pelo ‘Negócios’.
Diogo Marecos, administrador da Liscont, a concessionária do terminal de contentores de Alcântara, afirmou que a insegurança no mar Vermelho beneficia os portos portugueses.
“A necessidade atual dos armadores de usarem a rota atlântica permite que os grandes porta-contentores cheguem mais facilmente à Europa, impulsionando os números de movimentação de carga”, disse o responsável pela Liscont.
O Porto de Sines registou um aumento de 20,5% na carga movimentada até fevereiro, enquanto Lisboa viu um incremento de 20,1%. Este crescimento foi um fator crucial para um aumento geral de 11% nos portos nacionais.
Esta situação evidencia como eventos geopolíticos podem influenciar significativamente a logística e o comércio global, redirecionando fluxos de transporte e beneficiando infraestruturas portuárias estratégicas como as de Lisboa e Sines.
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