População revolta-se: GNR reduz efetivos e aumenta insegurança no Cercal do Alentejo
A população de Cercal do Alentejo está indignada com a drástica redução de efetivos no posto da GNR, deixando a freguesia desprotegida e sem patrulhamento.

Cerca de uma centena de pessoas reuniu-se hoje em protesto junto ao posto da GNR de Cercal do Alentejo, no concelho de Santiago do Cacém, exigindo a reposição imediata de guardas. O motivo? A drástica redução de efetivos em 50%, deixando a população numa situação de insegurança crescente.
Segundo Sérgio Santiago, presidente da Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo, até janeiro deste ano o posto da GNR contava com 16 militares, mas a transferência de elementos deixou a estrutura reduzida a metade, sem que houvesse qualquer reposição. “É o único posto do concelho que sofreu esta redução”, lamentou o autarca, sublinhando que a freguesia tem uma população dispersa e maioritariamente idosa, reforçando a necessidade de patrulhamento constante.
Falta de meios agrava insegurança
A situação torna-se ainda mais crítica pelo facto de o posto estar sem viatura há cerca de três meses, impossibilitando qualquer tipo de resposta rápida. “O comandante distrital disse-nos que, talvez em abril, alguns guardas possam ser repostos, mas nada está garantido”, afirmou Sérgio Santiago, denunciando a falta de compromisso das autoridades.
A preocupação da população é crescente. “Não se vê uma patrulha há meses, a insegurança aumenta, principalmente para os idosos que vivem isolados”, queixou-se Carlos Sobral, morador de 69 anos. O sentimento é partilhado pelo presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, que criticou a falta de previsão das entidades responsáveis. “É fundamental o patrulhamento regular para garantir a segurança da população”, sublinhou.
Exigência de resposta rápida
A Comissão de Utentes de Santiago do Cacém também se uniu às reivindicações, exigindo uma resposta urgente do Governo. “Os ministros são surdos, e às vezes só com manifestações como esta conseguimos ser ouvidos”, afirmou Dinis Silva, porta-voz da comissão. A população promete não desistir e avisa que novas manifestações são planeadas caso a situação não seja resolvida rapidamente.
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