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Polícia Judiciária detém mulher estrangeira suspeita de burla ‘Olá pai/Olá mãe’

Mulher foi detida pela PJ

Uma cidadã estrangeira de 25 anos de idade foi detida pela Polícia Judiciária, suspeita de ser interveniente em vários crimes de burla qualificada, falsidade informática e branqueamento, com a burla conhecida como ‘Olá pai/Olá mãe’.

A investigação foi liderada pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, em cooperação com o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Amadora, e iniciou-se em meados de 2024.

As várias diligências efetuadas no âmbito da recolha de informação e a respetiva análise, resultaram na identificação da suspeita em pelo menos 9 inquéritos.

Na sequência de busca domiciliária e da respetiva detenção foram apreendidos diversos equipamentos informáticos e de comunicações que irão agora ser objeto de análise pericial.

A detida será presente a primeiro interrogatório judicial tendo em vista a aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Burla ‘Olá Pai/Olá mãe’

O modus operandi comummente denominado ‘Olá Mãe/Olá Pai’, traduz-se num esquema fraudulento onde os agentes do crime contactam as vítimas, através da aplicação WhatsApp, fazendo-se passar ardilosamente pelo(a) filho(a) ou familiar próximo das mesmas, ainda que através de um novo número de telefone (com a referência de que o telefone/cartão se avariou), usando (por ser fácil de obter nas redes sociais) fotos de perfil desse filho(a)/familiar.

Com a justificação de que não conseguem aceder à aplicação de home banking e por qualquer necessidade (ex. pagamento urgente) solicitam a realização de uma, ou várias, transferências bancárias e/ou pagamentos por entidade valores remetidos para “Money Mules” que aderiram ao plano criminoso, tendo por missão receber e dissipar fundos.

Através do ardil criado (aproveitando-se da preocupação/genuíno desejo dos pais em ajudar os filhos ou familiares) levam os lesados a praticar atos que lhes causam, por vezes, avultados prejuízos patrimoniais.

A Polícia Judiciária aconselha:

1. Não tenha como certo que uma qualquer mensagem recebida foi enviada pelo filho/a ou familiar, mesmo que o perfil tenha a sua fotografia.

2. Contacte o seu filho/a ou familiar por “VOZ” (número que têm registado) antes de fornecer informações ou efetuar qualquer pagamento;

3. Caso não consiga contactar filho/a ou familiar não entre em pânico nem perca o discernimento. Certamente que um pagamento atrasado ou uma complicação financeira não tem de ser resolvida “na hora”;

4. Se estiver confiante pode colocar questões ao “interlocutor” que só o seu filho/a ou familiar sabe; caso tente ligar verá que não atendem (por a voz não ser igual) com uma qualquer justificação posterior (por mensagem);

5. Nunca efetue transferências para contas desconhecidas ou pagamentos para entidades indicados por “terceiros” que não certificou a identidade, conhece ou confia. 6. Em caso de dúvida e antes de tomar qualquer iniciativa procure apoio/aconselhamento ligando para o Piquete da Polícia Judiciária.


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