Piloto envolvido em tragédia na Caparica acusado de pagar a menor por encontro sexual

Um homem de 74 anos, identificado como o piloto que, em 2017, matou duas pessoas ao fazer uma aterragem forçada na praia da Costa da Caparica, volta a estar envolvido num caso polémico. Desta vez, é acusado de recurso agravado à prostituição de menores, por pagar a um jovem de 15 anos para um encontro íntimo. O arguido, que prometeu continuar a dar-lhe 50 euros semanais por novos encontros, junta-se a outro suspeito, o ex-dirigente do Chega Nuno Pardal Ribeiro, que enfrenta acusações semelhantes.

O caso veio a público após investigações do Ministério Público, que garantem que os arguidos estavam conscientes da idade da vítima. O jovem, que era explorado mediante uma rede de prostituição, teria recebido diferentes quantias em dinheiro em troca de encontros. A acusação contra o ex-piloto revela que este não só sabia que o jovem era menor, como ainda propôs um acordo regular, comprometendo-se a manter os pagamentos em troca de encontros frequentes.

Nuno Pardal Ribeiro já foi afastado do partido Chega, tendo sido notificado de um processo de expulsão. O ex-dirigente municipal e ex-deputado do partido em Lisboa demitiu-se de todos os cargos e prepara agora a sua defesa. O caso foi inicialmente denunciado pelo jornal Expresso, que expôs as mensagens onde o político se queixava do silêncio do menor e insistia num novo encontro, mantendo o compromisso de pagamento.

A revelação de que um segundo homem, o ex-piloto envolvido na tragédia da Caparica, também estava ligado a este crime intensificou a polémica. Em 2017, o piloto fez uma aterragem de emergência numa praia lotada, atingindo e matando duas pessoas. Apesar de ter sido condenado a quatro anos de prisão com pena suspensa, o caso foi fortemente criticado pela opinião pública, devido à leveza da pena. Agora, o seu nome volta a ser associado a um crime grave, aumentando a revolta popular.

O caso é investigado pelo Ministério Público, que estuda a possibilidade de um padrão mais alargado de exploração de menores, envolvendo outros suspeitos. As autoridades reforçam que este tipo de crime tem pena agravada quando há consciência da idade da vítima, algo que ambos os arguidos sabiam perfeitamente.

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