Pedro Choy praticou “terapias de conversão” para pessoas LGBTQIA+

Pedro Choy, um dos rostos mais conhecidos das chamadas medicinas alternativas chinesas, afirmou ter praticado terapias de conversão para pessoas LGBTQIA+, inclusive “curar” um jovem de 16 anos da sua homossexualidade.

Segundo a revista Visão, entre 2003 e 2008 Pedro Choy terá afirmado que “a medicina chinesa considera [a homossexualidade] uma doença e que tem tratamento”.

Várias pessoas que assistiram a essas afirmações vieram agora denunciar o caso.

O terapeuta disse não ter “nada contra” pessoas com “este tipo de problemas“, mas insistiu que a homossexualidade para praticantes de medicina tradicional chinesa “é uma doença dos meridianos curiosos” e “estes meridianos podem ser assim tratados” desde que haja um “diagnóstico precoce”.

Contou ainda que tratou um caso, um jovem de 16 anos levado pela mãe, e que lhe terá dito que a sua homossexualidade “não é um caminho muito feliz, porque as pessoas acabam por ser segregadas e sofrer com isso.” Segundo Choy, este jovem será hoje “casado e com filhos”.

Em Portugal, a proibição de “terapias de reorientação sexual” é uma medida acompanhada pelo Bloco de Esquerda que propôs, no dia 17 de maio de 2021, a sua criminalização.

Segundo a deputada Fabíola Cardoso, citada pelo site EsQrever, “estes processos não são terapias pelo simples facto de que a orientação sexual, a identidade ou expressão de género, não são doenças, são características pessoais próprias de cada indivíduo, essenciais ao seu equilíbrio, saúde e vivência social. Não há nada que curar”.

A criminalização das “terapias de conversão” ainda não está amplamente debatida em Portugal, mas já é uma realidade em vários outros países como França, Canadá ou Alemanha.

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