Pavilhão Olímpico de Desportos de Inverno a caminho do Seixal: Investimento de 10 milhões de euros
O Seixal acolherá um pavilhão olímpico de desportos de inverno, com conclusão prevista para 2027 e investimento de 10 milhões de euros.
O Seixal receberá um Pavilhão Olímpico de Desportos de Inverno, projeto orçado em 10 milhões de euros e com conclusão prevista para 2027.
A Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDPI) confirmou oficialmente esta sexta-feira que o Seixal será o novo lar de um pavilhão olímpico destinado a modalidades de gelo. O protocolo de construção desta infraestrutura será assinado já este sábado, durante a cerimónia de encerramento da 41.ª edição da Seixalíada, na Sociedade Filarmónica União Arrentelense, pelas 19h15. Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, e Pedro Flávio, presidente da FDPI, serão os responsáveis pela formalização do acordo.
Este ambicioso projeto, que envolve um investimento de 10 milhões de euros, deverá arrancar num ano e meio, com a previsão de conclusão da obra em 2027. O recinto terá capacidade para mil pessoas e acolherá as principais modalidades de gelo, como hóquei no gelo, curling, patinagem de velocidade short track e patinagem artística.
Além de ser um espaço dedicado ao desporto, o pavilhão está também projetado para receber competições nacionais e internacionais, bem como estágios e espetáculos, tornando-se uma peça central para o desenvolvimento dos desportos de inverno em Portugal.
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Construir um pavilhão de desportos de inverno? Com que justificação? Que benefícios trará à população local e quem poderá dele usufruir?
Antes de mais, seria essencial ouvir os alunos das várias escolas do concelho do Seixal sobre as condições das aulas de Educação Física e dos próprios espaços escolares. Em muitas escolas, não existem sequer pavilhões adequados, e tanto os balneários como as casas de banho apresentam frequentemente condições muito deficientes. Na Escola Básica 2,3 de Corroios, do Agrupamento João de Barros, por exemplo, os alunos não têm privacidade nas casas de banho, pois estas não estão equipadas com portas funcionais que garantam o mínimo de dignidade e conforto. Quanto aos balneários, a sua inexistência, aliada à falta de um pavilhão escolar, faz com que, após as atividades físicas, os alunos passem o dia com um desconfortável odor a suor, muitas vezes tentando resolver a situação apenas com toalhitas. Em dias de intempéries, não têm aulas de Educação Física, sendo obrigados a permanecer numa sala de aula, situação que em nada contribui para o seu desenvolvimento físico. Acresce que esta mesma escola é ainda utilizada como local de voto.
Assim, pergunto: terá o hospital sido relegado ao esquecimento, para que agora a prioridade passe a ser um pavilhão de desportos de inverno? Por amor de Deus! Estamos com prioridades completamente trocadas…