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Paulo Ribeiro leva “Louis Lui” a Cannes com música inédita e estreia promete surpreender

O coreógrafo Paulo Ribeiro prepara-se para estrear “Louis Lui” em Cannes, no prestigiado Festival de Dança, com música original de Luís Tinoco e uma abordagem inovadora que promete marcar o panorama da dança contemporânea.

O coreógrafo Paulo Ribeiro está prestes a apresentar a sua mais recente criação, “Louis Lui”, numa estreia mundial a 6 de dezembro, no Palais des Festivals, em Cannes, França. Esta nova obra, que faz parte de uma trilogia iniciada com “Maurice Accompagné”, conta com música original do compositor português Luís Tinoco, vencedor do Prémio Pessoa 2024, e inspira-se também na obra do holandês Louis Andriessen.

A Companhia Paulo Ribeiro (CPR) revelou que a nova peça contará com interpretação ao vivo da Orquestra Nacional de Cannes, proporcionando uma experiência imersiva onde a dança e a música se fundem de forma intensa e inovadora. O projeto reflete a assinatura de Paulo Ribeiro, que tem sido uma das figuras centrais da dança contemporânea em Portugal e no estrangeiro.

“Louis Lui”: um encontro entre o passado e o presente

A criação de Paulo Ribeiro surge como a segunda parte de uma trilogia que cruza diferentes épocas da história da música, explorando as interseções entre compositores portugueses e estrangeiros. Se “Maurice Accompagné” mergulhou na música de Luís de Freitas Branco e Maurice Ravel, agora “Louis Lui” estabelece um diálogo entre Luís Tinoco e Louis Andriessen.

O nome “Louis Lui” surge da junção dos nomes dos dois compositores que inspiraram a obra, mas também como um jogo de palavras: “Lui”, em francês, significa “ele”, remetendo para o outro, o desconhecido, o inexplorado, um conceito que atravessa toda a construção da peça.

Caminho para a estreia e tour por Portugal

Antes de chegar a Cannes, “Louis Lui” entra agora na fase de desenvolvimento, após a recente apresentação de “Maurice Accompagné” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A primeira parte da trilogia teve grande receção e continuará em digressão por Portugal, passando pelo Teatro Carlos Alberto, no Porto, em fevereiro, pela Academia de Artes do Estoril, em abril, e pelo Teatro Aveirense, em julho.

Depois da estreia mundial em Cannes, “Louis Lui” regressará a Portugal ainda em dezembro, para ser apresentado no Convento São Francisco, em Coimbra, e mais tarde na Academia de Artes do Estoril.

Uma visão para o futuro da dança

Paulo Ribeiro tem sido uma referência incontornável no panorama da dança portuguesa, tendo dirigido o Teatro Viriato (1998–2016), o Ballet Gulbenkian (2003–2005), a Companhia Nacional de Bailado (2016–2018) e a Casa da Dança de Almada (2019–2020). Com mais de 30 anos de carreira, continua a desafiar convenções e a expandir os horizontes da criação artística.

A trilogia encabeçada por Paulo Ribeiro culminará em 2026, com uma terceira peça ainda sem título, inspirada na música de Joly Braga Santos e Benjamin Britten, regressando aos anos 1960 como ponto de referência.

Até 2026, a Companhia Paulo Ribeiro terá sede no Edifício Cruzeiro, em Cascais, mediante um protocolo com a autarquia, onde continuará a desenvolver novos projetos e a formar a próxima geração de criadores na Academia de Artes do Estoril.


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