Papa Francisco desafia escolas a erradicarem o ‘bullying’ e promoverem um mundo mais justo

O Papa Francisco lançou um apelo contundente para que professores, educadores e pais assumam um papel ativo na erradicação do ‘bullying’ nas escolas, alertando para as graves consequências desse comportamento. Durante uma audiência com associações italianas de ensino, o pontífice sublinhou a necessidade de construir uma nova cultura baseada no encontro intergeracional e na responsabilidade coletiva para enfrentar crises ambientais, sociais e económicas.

Francisco destacou que o ‘bullying’, além de ser um ato de violência, é uma preparação para a guerra, não para a paz. “Nada de ‘bullying’! Nunca pratiquem ‘bullying’,” insistiu, numa mensagem direta às crianças e jovens. O Papa reforçou a importância de uma educação que promova a justiça e a fraternidade, integrando a criatividade das crianças e dos jovens como elemento central para moldar um futuro melhor.

O pontífice alertou ainda para a grave “catástrofe educativa” global, que afeta 250 milhões de crianças sem acesso à educação. Muitas delas são obrigadas a trabalhar, frequentemente exploradas, ou procuram sobrevivência em condições indignas. “Há crianças que não têm escola e que, em vez disso, encontram comida no meio do lixo,” lamentou.

Na sua visão, a solução passa por uma pedagogia que tenha a família como pilar essencial e insubstituível, destacando a necessidade de um esforço conjunto entre disciplinas, educadores e famílias para enfrentar os desafios globais.

Com este discurso, o Papa Francisco procurou sensibilizar a sociedade para a urgência de defender o direito universal à educação, sobretudo para migrantes, refugiados e vítimas de guerra, que frequentemente enfrentam barreiras no acesso a uma aprendizagem digna.

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