Papa apela ao acolhimento de migrantes e refugiados para criação de ‘pontes’ entre povos

O Papa Leão XIV apresentou a sua primeira exortação apostólica, ‘Dilexi te’, publicada esta quinta-feira pelo Vaticano.

Nesta, o Sumo Pontífice apela ao acolhimento dos migrantes e refugiados, com a construção de ‘pontes’ entre os povos.

O documento ‘Dilexi Te’ (Eu amei-te), que começou a ser preparado pelo Papa Francisco, reafirma a presença histórica e pastoral da Igreja junto dos migrantes, evocando figuras e iniciativas que marcam o acompanhamento das pessoas migrantes, como São João Batista Scalabrini e Santa Francisca Xavier Cabrini, promovendo assistência espiritual, jurídica e social.

«A Igreja, como mãe, caminha com os que caminham. Onde o mundo vê ameaça, ela vê filhos; onde se erguem muros, ela constrói pontes.

Pois sabe que o Evangelho só é credível quando se traduz em gestos de proximidade e de acolhimento; e que em cada migrante rejeitado, é o próprio Cristo que bate às portas da comunidade» escreveu o Papa Leão XIV.

«O magistério contemporâneo reafirma com clareza este compromisso. O Papa Francisco recordava que a missão da Igreja junto aos migrantes e refugiados era ainda mais ampla, insistindo que ‘a resposta ao desafio colocado pelas migrações contemporâneas pode-se resumir em quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar’».

O Papa frisa que «a Igreja vê nos migrantes ‘irmãos e irmãs’ a acolher e respeitar» e relembra que «a presença atual da Igreja junto dos migrantes concretiza-se em centros de acolhimento para refugiados, missões nas fronteiras e ações de organizações como a ‘Caritas Internationalis’».

E recorre à Bíblia para relembrar que «a experiência da migração acompanha a história do povo de Deus. Abraão parte sem saber para onde vai; Moisés conduz um povo peregrino pelo deserto; Maria e José fogem com o Menino para o Egito. O próprio Cristo viveu entre nós como estrangeiro.»

Fonte: Agência Ecclesia

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