
A Comissão Política Concelhia do PAN – Almada endereçou hoje uma ‘carta aberta’ dirigida às administrações da TST, AML e AMT a exigir a imediata reposição das carreiras rodoviárias que operam no concelho de Almada, nomeadamente as que efetuam as ligações a Lisboa através da Ponte 25 de Abril.
«Com o retorno das condições de bilhética e num contexto de progressivo regresso à atividade laboral, tão ansiado por todos, e quando é mais necessária a oferta de serviços de transporte público que permitam acautelar todas as medidas de segurança que salvaguardam a saúde pública, não pode a Transportes Sul do Tejo virar de novo as costas à população almadense, sujeitando-a a constrangimentos que, numa conjuntura tão sensível, podem colocar em causa o emprego ou mesmo a vida dos cidadãos» refere o PAN Almada.
«O serviço de transporte rodoviário reverte-se de uma extrema importância para a mobilidade no Concelho de Almada sendo mesmo o único transporte público coletivo disponível em algumas zonas do nosso Município, como a Charneca da Caparica, a Sobreda e a Costa de Caparica o que o torna, consequentemente, no único meio de deslocação para todos os que não dispõem de meios particulares de transporte.
A Transportes Sul do Tejo (adiante “TST”) é a responsável por este serviço acumulando, nos últimos anos, um histórico de queixas dos utentes, os quais, não obstante cumprirem escrupulosamente a sua parte do contrato (adquirindo os passes), nunca foram ressarcidos das falhas nas carreiras que a muitos levou a horas de trabalho descontadas, perda de tempo para estar com as suas famílias, entre outros constrangimentos aos quais nunca a TST revelou qualquer tipo de sensibilidade.
À data desta nossa missiva, e contrariamente ao que sucede com as ligações intermunicipais estabelecidas com recurso à Ponte Vasco da Gama, não existe qualquer perspetiva de restabelecimento das carreiras que a TST opera através da Ponte 25 de Abril, num renovado e inqualificável desprezo pelos utentes desses serviços que residem no Concelho de Almada.
Num momento particularmente crítico na vida de todos os nossos cidadãos, não pode a TST virar as costas à população almadense, colocando na sua ligação ao serviço dos outros operadores, que generalizadamente assumem neste momento a retoma das suas plenas obrigações e que não são mais responsáveis pela prestação do serviço público do que a própria TST, o dever de cumprir a missão que lhe está contratualmente confiada.
Num contexto de progressivo regresso à atividade laboral, tão ansiado por todos, e quando é mais necessária a oferta de serviços de transporte público que permitam acautelar todas as medidas de segurança que salvaguardam a saúde pública, não pode a TST ficar indiferente ignorando deveres contratuais e éticos, sujeitando as populações a constrangimentos que, numa conjuntura tão sensível, podem colocar em causa o emprego ou mesmo a vida dos cidadãos.
Por outro lado, a urgente regeneração ecológica, desígnio que a todos deve unir, tendo na mobilidade um dos seus pilares, não pode ser neste momento secundarizada, hipotecando as tão importantes conquistas recentes, no atual cenário já de si fortemente ameaçadas.
Face ao exposto e no momento em que são retomadas as condições de bilhética, cuja suspensão serviu de racional ao cancelamento de serviços no mês de abril, vimos reivindicar à Transportes Sul do Tejo a imediata e incondicional reposição de todas as carreiras que operavam no Município de Almada à data de 5 de janeiro do corrente ano, com particular destaque para as que fazem a ligação a Lisboa, em condições de total segurança, quer para os passageiros, quer para os motoristas.»
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