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Pai Natal transforma-se em vilão: propaganda em territórios ocupados choca o Natal na Ucrânia

Em territórios ocupados na Ucrânia, a figura do Pai Natal é transformada num vilão em propagandas que censuram tradições natalícias e chocam famílias locais.

Em territórios ocupados pela Rússia na Ucrânia, a figura do Pai Natal enfrenta uma reinterpretação perturbadora. Desenhos animados e folhetos propagandísticos retratam-no como um criminoso, numa campanha que visa desvalorizar as tradições ocidentais, criando confusão nas crianças. Este movimento inclui a proibição de canções natalícias e censura de símbolos festivos, numa tentativa clara de afastar as populações da herança cultural ocidental.

Testemunhos de residentes, divulgados por portais de notícias e nas redes sociais, destacam uma repressão rigorosa às celebrações natalícias. Vídeos mostram salas de aula onde o tradicional calendário de festividades foi substituído por atividades alinhadas com a cultura russa. Professores relataram, sob anonimato, instruções para evitar músicas e símbolos de Natal.

Uma abordagem particular tem chocado pais e especialistas: produções animadas apresentam o Pai Natal como uma figura perigosa, introduzindo um elemento de medo na narrativa infantil. Esta estratégia parece ser parte de um esforço mais amplo para “reeducar” as crianças, afastando-as das tradições ocidentais. Mesmo o Ded Moroz, figura semelhante ao Pai Natal na cultura eslava, foi transformado em alguns contextos, assumindo um papel mais autoritário e menos festivo.

Embora ainda não existam relatórios oficiais de organizações internacionais de direitos humanos sobre estas ações, meios de comunicação ucranianos e internacionais continuam a recolher testemunhos. Estes revelam o desejo das famílias de preservar as suas tradições natalícias, mesmo sob forte pressão. A censura propagandística ao Natal, que deveria simbolizar paz e união, suscita preocupação sobre os impactos culturais e emocionais nas crianças das zonas ocupadas.


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