Os hospitais onde a espera pode custar a paciência: Loures, Amadora e Caldas lideram atrasos nas urgências
Hospitais de Loures, Amadora e Caldas da Rainha enfrentam tempos de espera críticos nas urgências, com atrasos que chegam a nove horas.

Os tempos de espera nas urgências hospitalares continuam a ser um desafio para os utentes em Portugal. Hoje, os hospitais de Loures, Amadora e Caldas da Rainha registam os atrasos mais significativos, com esperas que superam as três horas, conforme o portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Às 10h30, o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, no distrito de Lisboa, liderava com o tempo de espera mais longo: nove horas e 33 minutos para doentes considerados urgentes. Este número ultrapassa largamente o limite recomendado de 60 minutos. Para os casos de maior gravidade, classificados como “muito urgentes”, o tempo de espera foi reduzido para apenas 11 minutos.
Já no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), também no distrito de Lisboa, a espera para doentes urgentes era de oito horas e 21 minutos, enquanto os “muito urgentes” esperavam cerca de uma hora e 18 minutos.
No Centro Hospitalar do Oeste, em Caldas da Rainha, os tempos de espera registados às 10h30 mostravam quatro horas e seis minutos para um único paciente em espera.
Apesar das situações críticas nestas unidades, a maioria dos 42 hospitais com urgências gerais consultados cumpre os tempos de espera recomendados para doentes urgentes. Ainda assim, outras unidades apresentaram atrasos acima das duas horas, como os hospitais de Braga (2h52), Setúbal (2h33), Portimão (2h26), São Francisco Xavier (2h20) e Cascais (2h04).
Outros hospitais como Guimarães, Famalicão, Portalegre, Beja, Vila Franca de Xira, Barcelos e Leiria registaram tempos entre uma hora e seis minutos e uma hora e 48 minutos para doentes urgentes.
A triagem de Manchester, utilizada no SNS para priorizar casos clínicos, classifica os pacientes em cinco níveis: emergente (vermelho), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul). O atendimento recomendado para casos urgentes (pulseira amarela) é de até 60 minutos, enquanto para os pouco urgentes (verde) não deve ultrapassar duas horas.
Estes atrasos reforçam a pressão sobre os serviços de saúde em Portugal, deixando clara a necessidade de reforço de recursos e otimização de processos para garantir tempos de espera mais adequados.
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