Operação dramática no Tejo: mergulhadores procuram desaparecidos e investigam colisão mortal
Uma colisão entre uma pequena embarcação de pesca e um catamarã no rio Tejo mobilizou mergulhadores e meios de socorro numa operação complexa para localizar dois pescadores desaparecidos.
No centro de uma tragédia que abalou o rio Tejo, mergulhadores forenses da Polícia Marítima iniciaram uma operação esta tarde para retirar uma ganchorra de pesca da embarcação envolvida na colisão com um catamarã de passageiros. O utensílio será analisado para ajudar no apuramento das causas do acidente, segundo confirmou o capitão do Porto de Lisboa, Paulo Vicente.
Paralelamente, as buscas pelos dois pescadores desaparecidos continuam numa área extensa de 30×15 km, que se estende da Ponte 25 de Abril até à Ponte Vasco da Gama, abrangendo Lisboa, Seixal e Barreiro. Segundo o comandante, o Tejo apresenta desafios únicos devido às suas fortes correntes, tornando as operações ainda mais complexas.
O acidente, que envolveu uma embarcação de passageiros da Transtejo/Soflusa e uma pequena embarcação de pesca com quatro ocupantes, foi reportado pelo mestre do catamarã. Dois dos ocupantes da embarcação foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos Bombeiros de Cacilhas, sendo posteriormente encaminhados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada. Um dos feridos já recebeu alta, enquanto o outro permanece internado em estado estável.
Nas buscas, estão envolvidos vários meios, incluindo as embarcações das Estações Salva-vidas de Lisboa e Cascais, além de equipas terrestres da Polícia Marítima para patrulhar ambas as margens do rio. A Transtejo/Soflusa anunciou também a instauração de um inquérito interno para determinar as responsabilidades do acidente.
Com operações de busca intensivas e uma investigação em curso, as autoridades reafirmam o compromisso de apurar as causas do incidente e encontrar ambos os desaparecidos, enquanto o Tejo continua a ser palco de uma mobilização sem precedentes.
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