
ONG divulga imagens que comprometem a política de bons tratos aos animais de uma das mais conhecidas empresas de produção de frango, o Grupo Lusiaves. As imagens divulgadas pela Organização Não Governamental (ONG) Frente Animal revelaram a morte de animais à bastonada.
A ONG Frente Animal é uma organização não governamental que pretende a promoção dos direitos e do bem-estar animal, mediante campanhas públicas de sensibilização, para garantirem responsabilidade corporativa e transparência nas práticas industriais que afetam os animais.
Em dezembro do ano passado, esta mesma ONG tinha já feito queixa contra alguns dos fornecedores da superfície comercial Pingo Doce por alegados maus-tratos a animais.
Quando contactada, a empresa Lusiaves emitiu um comunicado geral onde garante que “condena todo e qualquer comportamento que viole as regras do bem-estar animal” e ainda que “as imagens fornecidas não correspondem integralmente” a nenhuma exploração do grupo.
Após tomar conhecimento das imagens, o Grupo Lusiaves avançou com o inquérito aos funcionários da empresa. Foram inquiridos vários funcionários “que laboraram na exploração” nos dias correspondentes às imagens. A empresa alega que qualquer prática que tenha sido cometida que meta em causa o bem-estar animal foi feita “à revelia da empresa”, garantindo que os respetivos autores foram “imediatamente alvo de processos disciplinares” e suspendidos das suas funções.
Na denúncia divulgada pela ONG Frente Animal são referidas as agressões dos trabalhadores aos animais, “à paulada” onde muitos deles foram agredidos “até à morte” e que, os sobreviventes “foram abandonados com ferimentos extremamente graves: asas partidas e órgãos expostos”. Para além das agressões, consta ainda na denúncia “a falta de água e de comida”, o “atropelamento por empilhadores”, e muitos deles, “encontrados a morrer lentamente e em agonia”.
A empresa é detentora do certificado em bem-estar animal Welfair®, pela AENOR que dá ao consumidor, a garantia de que os animais são bem tratados e que vivem em condições eticamente responsáveis do bem-estar durante o processo de produção. É ainda homologada pelo Institute of Agrifood Research and Technology (Catalunha) e pelo NEIKER, Instituto Basco de Investigação e Desenvolvimento Agrário, certificações estas que se baseiam nos protocolos europeus “Welfare Qaulity e AWIN® (Animal Welfare Indicators) e nos requisitos legais aplicáveis.
O Grupo Lusiaves nega qualquer ligação aos autores das imagens de maus-tratos garantindo que, “ficando provada a ocorrência de algum facto que seja contrário ao bem-estar animal, tal verificação será, inquestionavelmente, um episódio isolado e imputável a pessoas que atuaram à revelia da empresa e contra as suas orientações”.
O Grupo alega ainda que depois das imagens terem vindo a público, “as instalações do Grupo foram sujeitas a auditorias surpresa, por parte das entidades competentes, as quais não detetaram qualquer incumprimento” das normas e políticas de bem-estar animal.
No âmbito da verificação de possíveis punições atribuídas à empresa foi contactada a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (Dgav) que não se pronunciou sobre o assunto.
Como forma de prevenção de futuros atos de maus-tratos animais na empresa, o Grupo comprometeu-se a “reforçar a implementação e monitorização das medidas que se encontram definidas no âmbito da política de bem-estar animal” e a “implementação de medidas adicionais para assegurar o bem-estar animal”, disse o Grupo em comunicado.
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Seria bom retransmitir a Procissão da Ordem Terceira de Óbidos
Pobres animais 😔 já não basta estar condenados à morte como ainda passarem por tanto sofrimento, gentalha de 💩😡