
O Governo deu hoje luz verde à ANA Aeroportos para apresentar a candidatura ao novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, um projeto considerado estratégico para o país. Segundo a nota oficial, a proposta não implicará custos diretos para o Orçamento do Estado, mantendo-se o foco na competitividade das taxas aeroportuárias e no respeito pelas melhores práticas ambientais.
Em comunicado, a ANA e a Vinci Airports reiteraram o compromisso com o Estado português, afirmando que continuarão a trabalhar conforme o contrato de concessão e as exigências ambientais. Esta nova etapa surge após a entrega, no passado dia 17 de dezembro, de um relatório inicial pela ANA, que delineia as condições necessárias para o desenvolvimento do Aeroporto Luís de Camões, designação do novo equipamento.
O Ministério das Infraestruturas e Habitação esclareceu que a aprovação da candidatura não implica a aceitação de todas as condições propostas pela concessionária. Pontos como o modelo financeiro, taxas aeroportuárias, partilha de riscos e redução dos custos totais do projeto ainda serão alvo de negociação.
Outro destaque é a possibilidade de reduzir o prazo de construção, atualmente estimado em seis anos, visando acelerar a conclusão do projeto. Paralelamente, o Governo compromete-se a garantir a realização célere dos Estudos de Impacto Ambiental e exige que a ANA continue a investir na eficiência operacional do Aeroporto Humberto Delgado, que permanecerá em funcionamento até a abertura do novo aeroporto.
Devido à relevância nacional do projeto, o Governo defende a divulgação pública do relatório inicial da ANA e, para apoiar a negociação, criou uma estrutura de missão e propôs um memorando de entendimento com a gestora aeroportuária.
A construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete é um marco para a infraestrutura aeroportuária portuguesa e promete ser um tema de destaque no próximo ano.
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