
O Governo anunciou a construção de uma nova ponte entre Chelas e Barreiro, a terceira travessia do Tejo em Lisboa. Esta ponte terá funções tanto ferroviárias como rodoviárias, integrando-se na futura Ligação de Alta Velocidade para Madrid.
Benefícios e Impactos na Mobilidade
A nova travessia visa solucionar os atuais constrangimentos na capacidade das infraestruturas ferroviárias que ligam Lisboa ao sul do país. Entre os principais benefícios, destaca-se a redução do tempo de viagem em cerca de 30 minutos nas ligações ferroviárias para o Alentejo e Algarve, e de 10 minutos entre Lisboa e Barreiro. Além disso, a frequência dos serviços será aumentada, melhorando significativamente a competitividade dos transportes.
Impactos na Coesão Territorial e Económica
A construção da nova ponte também promete melhorar a coesão territorial na Área Metropolitana de Lisboa. Ao diminuir a pressão habitacional sobre Lisboa, a ponte irá promover o desenvolvimento económico no Arco Ribeirinho Sul. Este projeto é essencial para facilitar o acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa, em Alcochete.
Componente Rodoviária e Ferroviária
A solução adotada consiste numa ponte com linha férrea na parte inferior e estrada na parte superior, complementando as travessias já existentes (pontes 25 de Abril e Vasco da Gama). Esta estrutura deverá reforçar a acessibilidade no corredor Lisboa-Barreiro e melhorar as ligações entre Lisboa e o triângulo Barreiro-Moita-Coina, com ganhos de tempo que podem chegar a 50%.
Próximos Passos
O projeto avança agora para a conclusão dos estudos relativos às características da ponte e a definição de um novo modelo de gestão para as travessias do Tejo em Lisboa.
Esta nova infraestrutura promete trazer significativas melhorias na mobilidade, coesão territorial e dinamização económica, consolidando-se como um passo crucial para o desenvolvimento futuro da região.
Impactos negativos
Segundo analistas em obras públicas a terceira travessia sobre o Tejo não terá só benefícios para a mobilidade, onde está desenhado o trajeto, a ponte pode colocar em causa a escala de paquetes que procuram a cidade de Lisboa para acostarem, isto porque a infraestrutura não irá permitir que navegações do tamanho dos cruzeiros possam atracar na cidade de Lisboa.
O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, na última reunião pública, falou sobre esta situação e a melhor hipótese para o autarca será a construção de um túnel subaquático por forma a não haver o problema de Lisboa não conseguir receber cruzeiros e paquetes.
A mesma ideia defendida pelo autarca do Montijo é também uma das teses de Anabela P. uma engenheira civil que defende que a construção da travessia seja desenhada e pensava por forma a garantir que Lisboa possa continuar a receber esse tipo de embarcações.
A notícia que o Governo anunciou esta semana sobre a construção do Novo Aeroporto de Lisboa em Benavente e Montijo e a terceira travessia sobre o Tejo foi bem acolhida pelas Câmaras do Montijo, Benavente e Barreiro, não deixando para trás a Câmara de Palmela que fica com a infraestrutura aeroportuária perto da União de Freguesias de Poceirão e Marateca mas também o TGV que foi anunciado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
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