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Noite Eleitoral em Almada: Vitória sofrida do PS e futuro Executivo em tensão

Inês de Medeiros garante o terceiro mandato à frente de Almada... mas corre o risco de naufragar numa Câmara pulverizada.

Nesta noite de domingo, 12 de outubro, ficou decidido que Inês de Medeiros (PS) será por mais um mandato a presidente da Câmara Municipal de Almada — o seu terceiro mandato consecutivo — porém força-se a admitir que a vitória é fragilíssima: o PS caiu significativamente face a 2021 e ficou longe de uma maioria folgada.

Resultado para a Câmara Municipal

  • Inês de Medeiros conquistou 29 % dos votos, bem abaixo dos 39,8 % que o PS havia obtido há quatro anos.
  • Em termos de vereadores, o PS elegeu 4 vereadores no executivo municipal.
  • Para governar, o PS vai precisar negociar acordos com partidos da oposição, visto que não dispõe de maioria absoluta para decidir sozinho.

Evoluções dos outros partidos

  • A CDU manteve o segundo lugar, mas sofreu um recuo notável: desceu de 29,6 % (em 2021) para 20,6 % — elegendo 3 vereadores.
  • O PSD, com Hélder Sousa Silva como cabeça de lista, fez uma recuperação expressiva: saltou de 10,7 % para 19,3 %, praticamente duplicando o número de votos.
  • O Chega foi o grande destaque da noite no que toca a crescimento: com 18,2 % dos votos, entra pela primeira vez no executivo municipal, elegendo 2 vereadores, entre eles o cabeça de lista Carlos Magno.

Situação dos partidos menores

  • A coligação Almada em Comum (liderada por Sérgio Lourosa Alves) obteve apenas 4,5 % dos votos, abaixo dos 6,8 % de 2021, e ficou fora do executivo.
  • A Iniciativa Liberal, com Carlos Alves, conseguiu 3,3 %, insuficiente para eleger vereadores.
  • O PAN, com Marina Marques, ficou com 1,6 %.
  • O CDS, liderado por Ana Clara Birrento, teve apenas 0,7 %, também sem representação no executivo.

Resumo da noite: o PS venceu — mas perdeu. A composição fragmentada da Câmara obriga Inês de Medeiros a construir maiorias pontuais, fazer cedências ou acordos. A nova legislatura promete ser turbulenta, cheia de negociações e impasses, com partidos de esquerda, centro e direita pressionando por influência. A pergunta que paira no ar: conseguirá a presidente reeleita manter-se no poder num cenário tão instável?


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