Distrito de Lisboa

“Não nos encostem à parede”: Manifestação em Lisboa denuncia racismo e exclusão social

Milhares de manifestantes percorreram a Avenida Almirante Reis, em Lisboa, na iniciativa “Não nos encostem à parede”, que destacou a luta contra o racismo e a exclusão social nos bairros periféricos.

Milhares de pessoas reuniram-se em Lisboa para pedir o fim do racismo e da discriminação, defendendo direitos humanos e justiça social.

Lisboa foi palco de uma manifestação histórica, este sábado, com milhares de pessoas a aderirem à iniciativa “Não nos encostem à parede”, organizada por movimentos sociais e coletivos que representam comunidades marginalizadas. Durante a marcha, os participantes denunciaram a violência policial, o racismo estrutural e a falta de políticas inclusivas que afetam imigrantes e moradores de bairros periféricos.

Nos discursos que encerraram o protesto, no Martim Moniz, Vânia Puma, do Coletivo Mulheres Negras Escurecidas, afirmou: “O que aconteceu na Rua do Benformoso não é caso isolado. Isto é uma realidade diária nos bairros periféricos, como o Casal da Mira e a Pedreira dos Húngaros.” Puma destacou ainda a importância destas comunidades para o funcionamento de Portugal: “Somos nós que limpamos as lojas, os centros comerciais, e mantemos as infraestruturas a funcionar. Ainda assim, querem encostar-nos à parede?

Miguel Garcia, outro organizador, celebrou a união demonstrada entre portugueses e imigrantes: “Hoje estamos a construir uma nova Lisboa, baseada no amor, solidariedade e união.” Garcia reafirmou que o movimento não será instrumentalizado por agendas partidárias, declarando: “A luta pela liberdade e pelos direitos humanos pertence a todos, sem exceção.

Flávio Almada, da associação Vida Justa, destacou que esta manifestação é apenas o início de uma jornada por justiça social e igualdade. Almada deixou um recado aos políticos presentes: “Quando estiverem no poder, lembrem-se de nós. Estaremos aqui para vos cobrar.”

O evento contou ainda com discursos em várias línguas, como o bangla, para incluir as centenas de imigrantes do Bangladesh presentes. Farid Ahmed Patwary, representante da comunidade, acusou políticos de fomentarem campanhas contra imigrantes: “Estamos aqui para trabalhar e contribuir. Chegámos em paz e exigimos respeito.

A manifestação encerrou-se com apresentações de artistas como Nex Supremo, Lucas Argel e La Familia Gitana, transformando o Martim Moniz num palco de cultura e resistência.


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5 Comentários

  1. Talvez agora devam mudar o titulo da notícia para ; respeito por Portugal e pelos Portugueses.

  2. Encostados há parede sempre que for necessário, para segurança dos portugueses e de todos os que vivem em Portugal.

  3. vão acolher os imigrantes na suas próprias casas, pelos vistos