Opinião

Não há rosas sem espinhos

O delírio conjunto dos camaradas Marina e Costa para além de violar a Constituição da República Portuguesa, deixaria Vasco Gonçalves orgulhoso.  

É pouco provável que este PREC 2.0 passe à prática, mas deixa um aviso claro: não há rosas sem espinhos, muito menos as socialistas.

Há já sete anos que este governo nos vai habituando a políticas estatizantes e muito contrárias ao Estado de Direito, que de há um ano para cá e com a vitória absoluta do PS se tem tornado cada vez menos democrático e diga-se, cada vez menos sensato.

A proposta grotesca apresentada pelo Primeiro-ministro e pela Ministra Marina Gonçalves foi a última gota de água num oceano de estado excessivo.  Vai contra tudo aquilo que a nossa lei suprema defende e contra aquilo que a União Europeia se propõe através da sua Carta de Direitos Fundamentais, nos termos do seu Artigo 17º, que torna de forma clara o direito de utilizar e fruir de livre vontade uma propriedade legalmente adquirida por um qualquer cidadão europeu.

Este Governo português foi longe de mais e deu sinais de que não é bem intencionado. As suas tendências autoritárias e marxistas estão disfarçadas de sociais-democratas de bem , e isso começa a evidenciar-se. O que o PS apresenta neste projeto está ao nível das fórmulas de ingerência estatal que partidos extremistas como o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda defendem e é algo que não é digno de um partido que ainda se pensava nutrir algum respeito à liberdade de cada indivíduo, de fazer o que quiser, desde que dentro do quadro legal, com, pelo menos, a casa que comprou com o seu próprio dinheiro fruto do seu trabalho.

Um projeto disforme e ridículo do ponto de vista legal e o pior de tudo, completamente despido de realidade quando dissecado.

A batata quente das casas devolutas passou, em 2006, para as Câmaras Municipais passando a ser as mesmas a decretar os que são ou não imóveis devolutos. Neste momento em todo o país existem 4188 casas devolutas, dos quais 583 são no município de Lisboa.   Isto, para verificar que estas medidas não passam de irracionais porque não vão resolver nenhum dos problemas da habitação, pela hipotética oferta de imóveis não aumentar significativamente, nem sequer para amenizar a inflação no imobiliário. Além de irracionais, as medidas são oportunistas por parte do Partido Socialista que apresenta número de casas vagas através de estatística do INE (essas perto das 375 mil) e não as realmente declaradas devolutas.  

É a arrogância do PS e o populismo das propostas em conluio com a extrema-esquerda no seu estado mais puro. E nós jovens, cá vamos preocupados, porque para além de não conseguirmos habitação própria, por este andar, quando conseguirmos, nem nossa é.

Francisco Portásio Pedroso, Vice-presidente da Juventude Popular de Setúbal


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